O bispo de Angra acaba de empossar os membros da Comissão Histórica que irá liderar a fase diocesana de instrução do processo de canonização da jovem mártir Maria Vieira da Silva, numa cerimónia que decorreu no Paço Episcopal no passado dia 1 de março.
Da Comissão Histórica fazem parte João Neves Leal, autor de uma biografia desta serva de Deus; José Guilherme Reis Leite, e Ricardo Madruga da Costa.
A abertura do processo, que tem como postulador o cónego Manuel Carlos Alves, reitor do Santuário de Nossa Senhora dos Milagres na Serreta, aconteceu no passado mês de fevereiro.
D. João Lavrador anunciou “aceder a tal pedido e começar com as diligências normativas para se prosseguir com o processo que conduzirá à decisão sobre a beatificação da jovem Maria Vieira da Silva”, como pode ler-se na nota pastoral.
Maria Vieira da Silva, uma jovem terceirense de 13 anos, era natural da paróquia de São Sebastião, e foi brutalmente martirizada por defender a preservação da sua virgindade até à morte, a 4 de junho de 1940.
“A fama de santidade vem desde o início. Ao local do seu martírio recorrem muitas pessoas em atitude de obter graças e, desde então até hoje, continua a sua fama de santidade e o desejo manifesto por inúmeras pessoas para que seja reconhecida como mártir pela Igreja e seja exposta como modelo de santidade para os jovens de hoje”, escreveu o prelado.
O bispo de Angra refere ainda “o parecer favorável da Conferência Episcopal Portuguesa e o ‘nihil obstat’ da Sagrada Congregação para as Causas dos Santos” na abertura do processo.