A empresa low cost Ryanair anunciou ontem que vai reduzir um avião na base da Madeira e diminuir o tráfego em Faro e no Porto para o Verão de 2024, devido ao aumento das taxas aeroportuárias decidido pela ANA.
Na opinião do Presidente Executivo do Grupo, Michael O’Leary, “não há justificação para o monopólio da ANA aumentar as taxas em até 17% em 2024”, acusando a concessionária de restringir propositadamente a capacidade em Lisboa.
A imprensa nacional anunciou que a ANA tinha decidido aumentar as taxas reguladas nos aeroportos nacionais de 14,55% no próximo ano.
O maior aumento aconteceu em Lisboa (16,98%); seguido do Porto (11,92%); e Faro (11,35%).
Nos Açores, o aumento é de 7,47% nos Açores e, na Madeira, é de 7,92%. A proposta da concessionária terá de ser aprovada pelo regulador, a Autoridade Nacional de Aviação Civil.
Os responsáveis pela Ryanair têm sido muito críticos sobre o aumento das taxas aeroportuárias. No final de Setembro, a empresa low cost ameaçou mesmo fechar a base na Madeira.
Agora anunciou a redução de dois para um avião na base do Funchal, que diz corresponder a um investimento de 100 milhões de dólares, a partir de Janeiro. O avião que estava na base no arquipélago passará para Marrocos, onde os custos são mais baixos, afirmou Michael O’Leary.
A Ryanair afirma que vai também diminuir o tráfego em Faro e no Porto, embora a redução exacta da capacidade não esteja ainda definida.
“Estes excessivos e inexplicáveis aumentos de preço vão reduzir voos e postos de trabalho“, disse o CEO da Ryanair.
Apesar de não ter margem de crescimento em Lisboa, a operação vai manter-se, devido à necessidade de manter os slots no Humberto Delgado.