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Governo dos Açores refere que a República deve53 milhões de euros relativos ao Furacão Lorenzo

O Governo dos Açores anunciou que o Governo da República tem em falta o pagamento de 53 milhões de euros dos estragos causados pelo Furacão Lorenzo e posterior Depressão Efrain.
Numa nota informativa da Secretaria Regional das Finanças, Planeamento e Administração Pública, o Governo “clarifica a situação sem prescindir, em nome da Região e do compromisso político e institucional, que a República pague os restantes 53 milhões de euros.
Os estragos provocados pelo Furacão Lorenzo foram estimados, em relatório de Setembro de 2020, da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, em 313,3 milhões de euros. A Depressão Efrain provocou um acréscimo de custos de 25 milhões de euros.
Segundo explica o Executivo açoriano, o Governo da República, pela Resolução 180/2019, assumiu o compromisso de apoio em 85% das despesas.
Ora, adianta, 85% de 338,3 milhões de euros (313,3 mais 25 milhões de euros) são 287,55 milhões de euros. “Esta é a verba que corresponde ao compromisso político do Governo da República”, afirma o Governo dos Açores.
Esclarece que “dos 287,55 milhões de euros do compromisso político da República, o Governo português encaminhou 198 milhões para o PACS (Programa para a Acção Climática e Sustentabilidade), do Portugal 2030, ficando, portanto, 89,55 milhões de euros para serem apoiados pelo Orçamento de Estado, dos quais 29,7 milhões chegaram à Região até 2021.”
Aos cerca de 7 milhões de euros que o Governo da República agora anunciou e transferiu, “deveriam ter acrescido”, segundo o Governo dos Açores, “mais 53 milhões de euros, para completar o compromisso político e institucional do Governo da República”.
Aliás, prossegue, a Região já aguardava, desde 2020, o adiantamento de 20 milhões previsto na Resolução 182/2019.
Depois de a Região “ter sido empurrada para o PACS – que não apoia despesas anteriores e 1 de Janeiro de 2021, nem alguns tipos de investimento – o Governo dos Açores, reenviou documentos – que já havia remetido em 2022, e outros de despesa não admissíveis no PACS, no valor de mais de 92 milhões de euros”.

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