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A Asquerosidadeda Mentira

A mentira tem sido ao longo dos tempos a arma preponderante da propaganda.
Nos nossos dias atingiu proporções, nunca vistas, alimentada pelas novas tecnologias propiciadas pela revolução digital, redes sociais e a inteligência artificial.
Para além da guerra da Ucrânia e no mais recente conflito no Médio Oriente, desencadeado pelo ataque terrorista do Hamas no sul de Israel, a mentira tornou-se um dos principais instrumentos propagandísticos dos beligerantes.
Voltando a elevar à máxima potência as falsidades e os embustes.
Sobressaindo como “estrela da companhia” as chamadas notícias falsas, vulgarizadas e normalizadas no espaço mediático global como “fake news”, abastecedoras da radicalização e da polarização, cujo desfecho são guerras e acções terroristas de dimensões catastróficas, como as agora desencadeadas pelo Hamas e no passado recente pelo Daesh, Isis ou Estado Islâmico.
Costuma dizer-se que em todos conflitos bélicos a verdade é a primeira vítima.
É o que se está a assistir no actual confronto entre o Hamas e o exército israelita, assim como a invasão da Ucrânia pela Rússia.
A situação toma novas proporções gigantescas pela desinformação protagonizada no ciberespaço e nas redes sociais.
A violência gera sempre mais violência. As emoções prevalecem sobre a razão. Não há lugar ao bom senso e há racionalidade. A vingança supera todo o tipo de aconselhamento.
As vítimas são sempre os mesmos do costume. Os inocentes. Velhos, crianças, mulheres e os voluntários dos serviços humanitários.
As religiões quando fanatizadas, bastas vezes por oportunistas salvadores, conduziram sempre a guerras e genocídios, tendo a desinformação e a asquerosidade da mentira, acentuado sobre maneira as monstruosidades e barbáries daí decorrentes, afastando qualquer possibilidade da existência da razão.
Como escrevia o historiador e filósofo israelita Yuval Noah Harari:
“Quando mil milhões de pessoas acreditam nisso há mil anos, dizíamos que isso é uma religião, e é-nos dito que não devemos chamar-lhe “notícias falsas” , para não ferirmos os sentimentos dos crentes(ou despertar a sua ira)”.
Harari tem vindo a defender que o antiquíssimo conflito de proporções sanguinárias entre israelitas e palestinianos se tem fundamentado muito na reflexão atrás exposta, onde é evidente o tremendo “caldo” da propaganda, das mentiras e até dos rumores subjacentes.
Os actuais trágicos acontecimentos de 7 de Outubro de 2023, levado a cabo pelo Hamas foram concretizados porque o governo de Telavive chefiadopor Netanyahu descurou a segurança fronteiriça e os seus prestigiados serviços secretos da Mossad, por estar mais preocupado em manter-se no poder com o apoio da extrema – direita e introduzir reformas no aparelho judiciário contrárias ao Estado de Direito Democrático, e assim engendrar forma de se livrar das acusações de corrupção e abuso do poder de que tem vindo a ser acusado.
Pelo meio desta confusão “populista”, tanto do agrado dos candidatos ao “autoritarismo” e inimigos da Democracia, evocando-a quando lhes dá jeito, surge o quarto poder mediático na ribalta, manipulando os meios áudio – visuais detidos pelos tais “1% mais ricos”.
Lá vão “mudando o disco e tocando o mesmo”, isto é competindo entre si pelos maiores níveis de audiência.
O que os tem levado a entrar, não só na “infernália” da mentira, mas a concentrar os respectivos programas nos acontecimentos “ do momento”, abandonando a verdade duma informação fidedigna.
Desde 22 de Fevereiro de 2022 até 07.10.2023 a programação centrava-se na guerra da Ucrânia e nos crimes hediondos contra a Humanidade, cometidos pelos mercenários nazistas do grupo Wagner do ditador Putin.
A partir de 7 de Outubro de 2023, atiraram para “debaixo do tapete” os holofotes do drama ucraniano, para se centrarem noutra monstruosidade liderada pelos terroristas do Hamas chefiados pelos comparsas de Putin, Ismail Haniyeh e Khaled Meshaal.
A denominada guerra Israel – Hamas passou a ser o foco.
O desvio das atenções da guerra da Ucrânia, só beneficiou Putin e o eixo Moscovo /Teerão/Pyongyang/Pequim.
Em Portugal, as televisões não fugiram à regra, tanto assim foi que a partir de 7 de Novembro de 2023 as atenções dos seus programadores começaram a concentrar baterias “ no caso da demissão do primeiro – ministro Costa”.
E assim se vai definhando o “sistema” democrático para gáudio dos seus disfarçados inimigos, que já se perfilam para a tomada do poder, socorrendo-se de todas as artimanhas, nas quais a asquerosidade da mentira ocupa lugar privilegiado.
E, também sabem, que podem ir contando, com subtileza cínica, de certos sectores, não só do 3.º poder Judicial, como do 4.º poder mediático, onde determinados jornalistas e comentadores, mesmo antes de iniciarem as respectivas dissertações, os telespectadores já sabem de que lado se irão posicionar.
O “Salvador da Pátria Lusa” (versão 2), não deixará, alcançado o poder de a todos compensar.

António Benjamim

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