A Portos dos Açores atingiu no ano passado o volume de negócios de 25.289 milhões de euros, o que representa o maior volume de sempre com tendência positiva.
A empresa atingiu os melhores três anos consecutivos, em termos de resultados operacionais; e em termos de EBITDA ( Resultado líquido mais Juros, Impostos, Depreciações e Amortizações). Atingiu também “o maior número de contratos dominiais assegurados (com tendência positiva).
Segundo a empresa, “projectam-se os melhores três anos consecutivos, em termos de resultados líquidos”.
A Portos dos Açores teve, igualmente, “um aumento de transacções ao nível de GT (arqueação bruta) de navios, sendo que os restantes indicadores de carga denotam um ligeiro decréscimo, garantindo-se ainda assim, o melhor desempenho portuário de sempre, nos últimos três anos consecutivos, ao nível da carga/descarga de mercadorias na Região.”
De harmonia com a empresa, “apesar do ligeiro decréscimo no número de escalas, que resulta do cancelamento por questões meteorológicas de 30 escalas (32.000 passageiros), mantém-se estável este segmento, o que corrobora o nível de ambição definido” pelo Conselho de Administração da Portos dos Açores, “sendo expectáveis também os melhores três anos consecutivos.”
Previsão de aumento
de escalas em 2024
Mereceu também destaque pela empresa “um franco aumento do número de escalas e número de tripulantes, atingindo o nível referencial recorde registado em 2019, sendo previsível que em 2024, este segmento atinja novos números máximos, correspondendo ao melhor desempenho de sempre nos Açores”.
Nos últimos três anos “foi garantida a maior execução no âmbito do Plano de Investimentos, da história da Portos dos Açores, com especial esforço e dedicação das equipas internas, que mantendo o seu formato inicial, foram optimizadas para atingir os objectivos definidos.”.
A par dos resultados anteriores demonstrados, a empresa reconheceu internamente os seus colaboradores com 25, 30, 35 e 40 anos de serviço, com diversas iniciativas nas diversas ilhas, onde assegura serviço público, “realçando o seu verdadeiro espírito de missão”.
Para o triénio 2024-2027, a empresa deseja manter “o nível de ambição” definido pelo actual Conselho de Administração, “ciente do contexto macroeconómico e das variáveis que afectam as nossas comunidades, onde nos inserimos e para as quais trabalhamos incondicionalmente.”
Realça que “sob influência directa e financeira da subida das actuais taxas Euribor, com forte impacto nos encargos com as respectivas dívidas, a pressão inflacionista e os seus reflexos nos custos energéticos da empresa e volatilidade de algumas matérias-primas, na sequência dos efeitos da guerra da Ucrânia e Israelo-palestiniana, na economia mundial, bem como a desaceleração prevista do crescimento mundial e consequente abrandamento da economia mundial, com evidentes reflexos na economia regional, tudo factores económico-financeiros causadores de enormes desafios empresariais, no âmbito deste complexo contexto de incertezas”, lê-se na nota informativa distribuída à Imprensa.
Os desafios da Portos
dos Açores para 2024
Ainda assim, para 2024, a Portos dos Açores tem “definidos como desafios portuários” a continuidade da actualização e digitalização administrativo-portuária, já iniciada em 2021 (digitalização e automatização de sistemas), assentes no renovado sistema de gestão portuária JUL (Janela Única Logística), já em fase de estabilização na Região.
Pretende, também, no próximo ano, actualizar e desenvolver o tarifário, “para simplificar e uniformizar os padrões portuários regionais, processo já iniciado em 2021; – Implementação dos projetos IDD (inovação, descarbonização, digitalização), tendentes à neutralidade carbónica, desmaterialização de processos e digitalização plena, em todas as nossas comunidades portuárias.”
Outro dos seus objectivos é “manter ou incrementar os padrões operacionais atingidos em 2023, mantendo o padrão de qualidade e certificações, o que continuará a fazer” da Portos dos Açores uma empresa “credível e próxima das suas comunidades portuárias, garantindo-se, deste modo, uma melhoria da oferta dos nossos serviços portuários”.
A empresa reitera que os seus objectivos definidos para a singradura iniciada em 2021, “se encontra adaptada às nossas realidades insulares específicas, o que nos permitirá, sustentadamente, continuar a edificar-nos como uma Autoridade Portuária relevante, com valor geoestratégico acrescentado no Atlântico, concorrendo directamente para a nossa visão de sermos ‘portos de excelência e de referência, com acrescentado valor geoestratégico no Atlântico, para os Açores e para Portugal’.”
À procura das
“melhores respostas”
O actual Conselho de Administração exerce funções desde 16 de Junho de 2021 e a Portos dos Açores, enquanto Autoridade Portuária, tem na Região 284 colaboradores, espalhados pelasnove ilhas que, segundo a empresa, se “dev em orgulhar da sua missão pública, francamente bem cumprida, assegurando e contribuindo para o principal objectivo da empresa: prestar um relevante e diferenciador serviço portuário e público”.
As bases estratégicas lançadas internamente pela Porto dos Açores e aprovadas pelo Governo dos Açores, resultaram, segundo a empresa, “numa equipa forte e de base consistente, que tem promovido a coesão interna, o que já resulta em diferenciados valores de operação e diversos reconhecimentos externos bem visíveis e inspiradores de credibilidade portuária, o que nos projecta a todos num trajecto mais seguro e sustentável para o futuro dos nossos portos açoriano”.
A Porto dos Açores é a única administração portuária nacional que detém a gestão de 14 portos e 7 marinas/núcleos de recreio náutico, “com todo o dominial que lhe está associado.” Neste contexto, a empresa “realça a adaptabilidade dos nossos recursos, humanos e materiais, aos meios/comunidades portuárias onde se inserem, sempre no intuito de providenciar as melhores respostas”.
“Realçam-se assim, alguns “Factos & Números”, que caracterizam a nossa operação, em 2023, conforme os valores estimados e aprovados no âmbito da nossa proposta de Plano e Orçamento 2023”, salienta a empresa.
