A tesouraria dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Ponta Delgada esteve ontem congestionada devido a uma enorme afluência de utentes que se deslocaram aos serviços para realizar pagamentos, com uma grande fila ao longo da Rua Tavares Resende.
Segundo o SMAS, tratou-se maioritariamente de clientes que estavam a fazer pagamentos de facturas atrasadas ainda do mês de Outubro. Os utentes teriam até dia 3 de Janeiro, no máximo, para realizar o pagamento e, assim, evitar o corte de água.
De acordo com o departamento dos Serviços Municipalizados de Abastecimento de Água contactado pelo Correio dos Açores, os procedimentos aconteceram normalmente e, na semana anterior, verificou-se pouca afluência à tesouraria, não obstante a população ter conhecimento da tolerância de ponto no dia 2 de Janeiro concedida aos serviços públicos.
A informação foi, posteriormente, confirmada pela Câmara Municipal de Ponta Delgada, ao reforçar que a fila “deveu-se ao facto de muita gente estar a pagar facturas em atraso, na sua maioria do mês de Outubro”. Adiantou que não existe qualquer problema de atendimento ao nível dos SMAS.
Até à porta do edifício e mesmo na rua, cerca de uma centena de pessoas aguardava a sua vez. Algumas afirmavam estar já várias horas à espera de serem atendidas, com dezenas de senhas à sua frente. Alguns utentes atribuíam a culpa ao encerramento dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento a 2 de Janeiro, tolerância de ponto. Muitas pessoas, com faturas atrasadas, receavam o corte de água caso não conseguissem proceder ao pagamento ao longo do dia de ontem.
A tesouraria do Serviço Municipal de Abastecimento de Água encerra, habitualmente, às 15h00, mas segundo as informações concedidas ao Correio dos Açores, “caso se verifique maior afluência, o horário de funcionamento poderá prolongar-se e os utentes que tiraram a senha até à hora de encerramento são atendidas”.
O informador dos Serviços de Abastecimento de Água da Câmara de Ponta Delgada admitiu que a situação que se verificou ontem “é estranha”, mas que “o congestionamento na tesouraria não foi provocado pelo funcionamento dos serviços”.
M.R.