O candidato a deputado e a Presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, salientou, a “necessidade imperiosa de se retomar medidas de apoio social”, designadamente, de “retomar a Estratégia Regional de Combate à Pobreza e Exclusão Social, que foi abandonada” pelo Governo Regional da coligação PSD/CDS-PP/PPM.
Vasco Cordeiro falava à saída de uma visita à Casa do Povo da Maia, na Ribeira Grande.
“É muito importante retomar esta estratégia, para que a nossa Região possa também retomar o percurso de redução e de melhoria de um conjunto de indicadores que durante vários anos foram melhorando. De acordo com os últimos dados disponíveis, de 2022, dão conta de que os Açores voltaram ao triste pódio de serem a Região mais pobre e mais desigual do país”, sublinhou Vasco Cordeiro.
Para o Presidente do PS/Açores, esta estratégia deve ser retomada “em parceria com as instituições e com respostas sociais que são essenciais”, exemplificando com as creches.
“É importante que a política em relação a esta matéria seja repensada, no sentido de garantir que as creches não são apenas para as famílias mais carenciadas, mas também para aquelas em que, por exemplo, ambos os pais trabalham e que necessitam desse tipo de resposta para poderem continuar a trabalhar e a desenvolver a sua carreira”, apontou.
Vasco Cordeiro defendeu também a revisão das políticas de habitação, “não apenas para garantir esse direito àqueles que estão numa situação de maior fragilidade”, mas também para a “chamada classe média que, fruto da evolução da conjuntura económica e financeira, se vê em grandes dificuldades em conseguir assegurar o seu direito à habitação”.
“É necessário que as políticas públicas sejam também direccionadas para esse aspecto, insistiu.
No entender do Presidente do PS/Açores, “os Açores não estão a acompanhar o bom trajecto económico que o país está a fazer. E não são questões políticas que estão em causa, porque a Madeira está a acompanhar a evolução nacional positiva. Infelizmente, nos Açores, temos uma degradação financeira muito acentuada. Por exemplo, a dívida a fornecedores dos nossos três hospitais, no final do terceiro trimestre de 2023, atingiu um montante recorde de 150 milhões de euros e isso traduz-se na asfixia das empresas que fornecem esses hospitais, no perigar dos postos de trabalho dessas empresas e na fragilização das condições em que os cuidados de saúde são prestados aos açorianos”, destacou..