O Partido Socialista dos Açores considerou inaceitável o atraso verificado no pagamento dos apoios aos agentes culturais da Região, salientando a esse respeito, que a resposta de José Manuel Bolieiro a esta questão “é um insulto à capacidade de trabalho e de iniciativa dos agentes culturais Açorianos”.
“Adiantar, agora, em período de pré-campanha eleitoral que os respectivos apoios serão pagos em breve só pode ser mais uma tentativa de iludir os responsáveis pelo sector”, que, de acordo com a socialista Marta Matos, “já não acreditam em falsas promessas de um Governo que nunca cumpriu com o prometido”.
Para a dirigente socialista, membro do Secretariado Regional do PS/Açores, “é lamentável que em três anos deste Governo do PSD/CDS-PP/PPM, as preocupações do sector da Cultura nunca tenham sito atendidas”, numa clara “desconsideração e desrespeito” para com estes profissionais.
“Em 2021, os agentes culturais da Região esperaram mais de 10 meses pelos resultados dos apoios, em 2022 foram cerca de oito meses e neste ano de 2023 estão a aguardar há um ano. Como é que é possível programarem as suas actividades sem saber o que esperar?”, questionou a socialista.
Segundo relembra, “esta é uma matéria na qual o Partido Socialista tem vindo a alertar por diversas vezes”, sendo que agora a promessa de José Manuel Bolieiro de que esses apoios serão pagos em breve “é uma completa vergonha”.
“Afirmar que a Cultura não se faz em função do dinheiro é um insulto à capacidade de trabalho e de iniciativa dos agentes culturais que muito têm contribuído para o desenvolvimento de variados sectores da Região, de entre os quais o Turismo ou até o próprio emprego”, afirmou Marta Matos, saudando a esse propósito a capacidade dos agentes culturais açorianos que perante tamanho desrespeito “tiveram a coragem de avançar com os seus projectos a expensas próprias”.
Conforme reforçou a dirigente socialista, é por demais evidente que os agentes culturais açorianos “não podem contar com o apoio de um Governo Regional que ao longo dos últimos três anos nunca soube valorizar o trabalho dos artistas e das associações culturais, sendo sempre incapaz de compreender o sector como factor de desenvolvimento da Região e como área estratégica de governação”.