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Iniciativa da Junta de Freguesia de Santa Clara vai oferecer momentos culturais diversificados a toda a população e divulgar o trabalho de artistas locais

A 2.ª temporada das “Quartas-feiras Culturais,” na freguesia de Santa Clara, começa hoje, com um concerto da cabo-verdiana Dulce Sequeira. A nova edição, que conta com actuações musicais, de dança e de teatro, todas as segundas Quartas-feiras de cada mês, exposições e outras iniciativas ao longo do ano, traz mais diversidade de estilos musicais e expressões artísticas. Não apenas para proporcionar momentos culturais aos residentes e para divulgar artistas locais, o projecto “Quartas-feiras Culturais” visa também criar um público e uma sala de espectáculos em Ponta Delgada, que será Capital Portuguesa da Cultura, em 2026.

Começa hoje a 2.º temporada da iniciativa “Quartas-feiras Culturais,” promovida pela Junta de Freguesia de Santa Clara, em Ponta Delgada. Todas as segundas Quartas-feiras de cada mês, de Janeiro a Junho, e de Outubro a Dezembro, o Auditório Cívico e Cultural de Santa Clara vai receber diversos eventos culturais, tais como actuações musicais, de dança e teatro, de porta aberta não só para os residentes da freguesia, mas também a toda a população. A nova edição traz novidades e mais diversidade de momentos culturais.
Hoje, pelas 21h00, a cantora cabo-verdiana Dulce Sequeira marca o início desta nova edição, num concerto que vai juntar os sons de Cabo Verde aos sons açorianos. No mês de Fevereiro, a 14, actua a cantautora açoriana Helena Oliveira. O dia 13 de Março vai ser dedicado a uma actuação ao estilo blues, com São Pontes e Brad Major. A 10 de Abril, o palco é da banda de metal IN PECCATVM, que vem trazer versões acústicas do seu trabalho. A 8 de Maio, vai haver um espectáculo de dança com o grupo 37.25 NAP. Em Junho, no dia 12, vai colaborar o Conservatório Regional de Ponta Delgada, que se junta à iniciativa. Durante os meses de Verão, as “Quartas-Feiras Culturais” fazem uma pausa, e voltam a 9 de Outubro, com o fado, pela voz de Raquel Dutra. Novembro será dedicado ao teatro, no dia 13, e contará com actores da ilha. Esta edição termina em Dezembro, com actuação de Luís Bettencourt, que irá levar música do mundo a Santa Clara.
A grande adesão da primeira temporada, que decorreu o ano passado, levou a organização a promover novamente a iniciativa. “O balanço da primeira temporada foi bastante positivo. O público santaclarense, e não só, aderiu sempre bastante, daí termos decidido dar continuidade às ‘Quartas culturais’”, conta Rita Mota, da Junta de Freguesia de Santa Clara.” “Tivemos sempre casas na ordem das 60 e 70 pessoas, sendo que o auditório tem capacidade para cerca de 100 pessoas,” realça.
A iniciativa pretende, por um lado, proporcionar momentos culturais distintos à população, e por outro, promover o trabalho dos artistas locais, explica ainda. “Há vários propósitos. Do ponto de vista do público, é o de proporcionar às pessoas um momento cultural diversificado. Tentamos sempre incluir não só a música, mas também outras formas de artes. Em alguns meses conciliamos com algumas exposições de arte e artesanato, de desenho. Nesta segunda temporada também temos programado ter esta conciliação de exposições. O propósito é proporcionar momentos culturais distintos, não só para o público de Santa Clara, mas também para toda a ilha e para quem nos visitar.”
Já do ponto de vista dos artistas, “é uma oportunidade de divulgarem o seu trabalho. Às vezes, os palcos não são assim tantos aqui na nossa ilha, e assim criamos mais um palco para oferecer, para que os artistas possam divulgar o seu trabalho,” prossegue.
As “Quartas-feiras Culturais” surgiram de um desafio do anterior padre da Freguesia, Hélder Cosme à Junta de Freguesia. “A Junta abraçou esta ideia e contamos com a ajuda de Mário Sousa, que tem sido o nosso director artístico. Ajuda-nos a fazer o contacto com os artistas e a preparar a programação.”
O intuito é que esta seja uma iniciativa anual. “Até ao final deste ano temos programação e temos este compromisso assumido. Para 2025 logo se verá, mas se continuar com a adesão que temos tido, será um projecto para continuar,” revela

Nova edição com mais diversidade
de estilos musicais e expressões
artísticas

Esta edição segue a mesma linha que anterior, mas contará com novidades. “Vamos tentar ao nível da música, ir percorrendo outros estilos musicais que não abrangemos no ano passado. Começamos, agora em Janeiro, com música caboverdiana, vamos ter música metal, embora numa versão mais acústica, vamos incluir também a dança que não incluímos antes. Também estamos a programar exposições de fotografia, que não tivemos, e até de outro tipo de artesanato daquele que já tivemos. Vamos tentar andar sempre a diversificar,” destaca Rita Mota.
Mário Sousa, director artístico e programador da iniciativa, explica, por sua vez, que apesar de estar a seguir-se a mesma linha do ano passado, houve mais aposta na diversidade, para “dar a conhecer novos estilos de música às pessoas,” avançando que “a ideia desta temporada não é só de levar a cultura aos santaclarenses e a Ponta Delgada, mas também para criar público e uma sala de espectáculos para que quando Ponta Delgada for Capital Portuguesa da Cultura em 2026, os artistas que vieram fiquem com a certeza que têm uma sala disponível e um público.”
No âmbito das “Quartas-feiras Culturais”, há ainda em vista um projecto que a Junta quer levar às escolas. “O ano passado tivemos uma feira do livro com a hora do conto e tivemos oportunidade de receber algumas turmas da escola do Ramalho para participarem. Este ano queremos fazer qualquer coisa dentro do género, destinado aos mais jovens. Se calhar, vamos nós à escola ou às creches que existem na freguesia,” avança Rita Mota.
Para este primeiro concerto, a expectativa é que a adesão seja tão positiva como na primeira temporada. “Ao longo da última temporada tivemos uma excelente adesão do público com boas casas, e a nossa expectativa é que o nosso público fixo venha, e que mais gente nova apareça,” ressalva o director artístico.
De acordo com a representante da Junta, “a cultura traz sempre benefícios, porque as expressões culturais obrigam sempre o público a pensar, e o pensamento é o melhor que podemos ser. Traz benefício, neste sentido. A Junta sente-se um pouco na obrigação de proporcionar estes momentos à população.” Rita Mota deixa a mensagem de que “as portas estão abertas. Todos são bem-vindos.”

Mariana Rovoredo

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