O cabeça de lista da Iniciativa Liberal (IL) pela ilha de São Miguel às eleições regionais do próximo dia 4 de Fevereiro e coordenador regional do partido, Nuno Barata, advertiu, esta Terça-feira, para a necessidade de criação de mais vagas para as valências de apoio à deficiência e às pessoas mais necessitadas de apoio, acusando o Governo de coligação de, nos últimos 3 anos, “ter sido incompetente” na relação com as IPSS’s (Instituições Particulares de Solidariedade Social).
No final de uma visita à Associação Seara do Trigo (instituição que tem por missão potencializar e desenvolver o perfil psicossocial dos seus utentes no respeito pela sua autodeterminação, individualização e inclusão pessoal e social, mantendo-os activos, interessados, ocupados e úteis), em Ponta Delgada, Nuno Barata afirmou que “mais do que subsidiar é preciso que a Região acompanhe as instituições a quem contrata serviços e, essencial, é promover a criação de vagas nestes sectores”.
“Ao contrário do que alguns gostam de ventilar, a IL é muito sensível às questões sociais. Não somos um partido liberal sem preocupações sociais. Bem pelo contrário. A área social, como a da integração de pessoas com deficiência, pessoas com mobilidade reduzida, todas estas áreas, devem ter uma intervenção máxima do Estado/Região. O problema é que, durante muitos anos, os socialistas (do PS e os socialistas do PSD), disseram que tinham preocupações sociais, mas, no fundo, não tinham e continuam a não ter”, criticou o cabeça de lista.
Para além da discriminação existente entre os vencimentos dos colaboradores das IPSS’s e da Administração Pública (que desempenhem funções semelhantes) e das questões dos investimentos nestas instituições e valências, Nuno Barata não tem dúvidas: “As ineficiências do sistema resultam da incapacidade do Governo, nos últimos 3 anos, em resolver os problemas que herdou do passado. Passaram três anos a falar na pesada herança que receberam, mas não conseguiu libertar-se dessa narrativa, passando à acção”.
“O Estado/Região contrata com estas instituições prestações de serviço. Porém, ao contratar estes serviços desresponsabiliza-se das suas funções. A Região deixou de ter serviços de educação especial e de acompanhamento a pessoas mais necessitadas, porque passou a ter estas IPSS’s a prestar os serviços, mas, depois, a própria Região não permite que estas instituições remunerem os seus colaboradores ao mesmo nível que são remunerados os trabalhadores da Região. Isto é uma discriminação e uma desigualdade tremenda entre os sectores social e público”, disse.