“Novo ano, vida nova” é uma expressão de otimismo e renovação de desejos para o novo ano, que está na boca e nos sonhos de cada um de nós. Nas diversas reportagens sobre esta temática que as televisões mostraram significam que a ideia por trás dessa frase é que o início de um novo ano oferece uma oportunidade para se fazer mudanças positivas na vida, estabelecer novas metas e deixar para trás o que foi menos positivo, sabendo-se que todos vivemos momentos de altos e baixos, próprios da condição humana.
O começo de um novo ano é sempre um momento para pensarmos mais aprofundadamente no que foram as realizações e os desafios que nos trouxe o ano anterior, aprendendo-se muito com essas experiências, porque até do mau se retira o bom e, mesmo nas situações mais difíceis, é possível extrair lições valiosas, crescimento pessoal e mesmo oportunidades para mudanças positivas.
Embora seja um momento simbólico e motivador, importa lembrar que não deveria ser necessário esperar pelo início de um novo ano para fazer mudanças positivas na vida, porquanto, diariamente,deveríamos ter a oportunidade de tomar decisões que nos aproximam de nossos objetivos e nos ajudam a crescer como indivíduos.
Seja qual for o tipo de abordagem que fizer para o novo ano, lembremo-nos de que cada dia é uma oportunidade para começar de novo e seguir em direção a uma vida que traga realização e satisfação pessoal.
A nível global, uma das grandes interrogações que se colocam, para além da incógnita quanto à evolução das guerras no Mundo, principalmente na Ucrânia e na Faixa de Gaza, diz respeito ao assustador desenvolvimento da inteligência artificial, que parece ser um assunto pouco relevante para a vida das pessoas.
Se é certo que a inteligência artificial oferece inúmeras possibilidades e benefícios, mas também apresenta desafios e riscos.
Pelo que se sabe, 2024 será um ano em que temos de pensar a sério nos desafios que a tecnologia traz para a vida de todos nós, em que a inteligência artificial ultrapassará a própria inteligência humana em todas as áreas e os especialistas em ética e segurança têm alertado para os perigos associados a uma superinteligência que não seja adequadamente controlada. Como tal, o avanço rápido da tecnologia pode trazer mudanças significativas na forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos e nos pode trazer desafios e muitas incertezas sobre o futuro.
Para minimizar esses perigos é essencial desenvolver políticas reguladoras sólidas, bem como promover princípios éticos na pesquisa e no desenvolvimento dessas tecnologias, pelo que é imperioso a criação de diretrizes e regulamentação que ajudem a mitigar esses riscos à medida que a inteligência artificial continua a desenvolver-se.
Ao nível da economia e do emprego, as condições económicas podem ser incertas, o que poderá afetar a estabilidade do emprego e as oportunidades de negócios, sendo importante apoiar os mais necessitados, ajudar as famílias, reforçar a robustez da economia e aumentar o rendimento dos açorianos. O turismo poderá continuar a ser um dos vetores económicos que poderá contribuir com um valor significativo no rendimento das famílias e empresas, tendo em conta o crescimento que se tem registado nos últimos tempos.
Este ano, que ainda é criança, vem carregado de incertezas, misturadas de esperanças, mormente no que diz respeito à vida dos açorianos que terão 3 atos eleitorais de grande importância para a vida de todos nós, a saber, a 4 de fevereiro, para a Assembleia Legislativa da Região, um mês depois para a Assembleia da República e em junho para o Parlamento Europeu.
Não conseguimos prever quais serão os resultados dessas eleições, porquanto irão em muito depender do que forem as mensagens políticas dos partidos concorrentes, sabendo-se que o possível e o impossível serão promessas em cima da mesa.
Contudo, a Coligação que governou os Açores até agora tem a seu favor todo o rol de concretizações que vieram dar um impulso ao desenvolvimento da Região e sobretudo nas áreas sociais com resultados bastante visíveis, muitos deles inovadores no país.Tenhamos esperança no novo ano.
António Pedro Costa