Meus Queridos! Estamos daqui a três semanas a votar para escolher os novos Deputados e depois saber que partido ou partidos irão formar o novo Governo. Até agora a pré campanha tem sido morna, focada apenas nas tricas partidárias do costume que deixam depois os eleitores indiferentes… Mas houve quem não tenha ficado indiferente, e a minha Prima Maria da Praia enviou-me uma peça, que se apresenta como o “MANIFESTO PELO DESENVOLVIMENTO HUMANO E POR UMA IDEIA DE FUTURO NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES”, e que se apresenta da seguinte forma: Nós, escritores, intelectuais e artistas, cidadãos independentes, humanistas e autonomistas dos Açores e do espaço açoriano, vimos propor o recentramento da Autonomia da Região no desenvolvimento humano, na emancipação da pessoa e numa ideia de futuro. Eu não sou mulher de me meter nessas coisas da política, mas li com atenção a radiografia que “as cabeças pensantes” fazem e subscrevem, assim como os conteúdos das propostas que contém o documento, e depois de ver os assinantes sentiu um vazio porque os subscritores não se propõem levar a cultura às escolas, nem criar empregos mais bem pagos para reduzir a pobreza, ou ainda dar formação aos que não buscam trabalho porque preferem viver do furto e do roubo diário que fazem para alimentar os vícios do ócio e da droga… A minha prima Maria da Praia diz que espera que os subscritores do manifesto sejam os primeiros a dedicar parte do tempo disponível para servir a comunidade e participar na mudança que é desejada, a qual deve contar em primeiro lugar com a disponibilidade dos sábios humanistas e reservistas para recentrarem a Autonomia. Estou em pulgas para ver quando e como os subscritores do Manifesto, estejam sedeados onde estiverem,… ponham mãos à obra para darem início ao proposto recentramento da Autonomia da Região no desenvolvimento humano, na emancipação da pessoa e numa ideia de futuro. Meus queridos! É muito bonito fazer manifestos, mas o mais bonito é quem se manifesta dar o primeiro passo no recentramento que propõe!
Meus Queridos! O meu rico Embaixador Pedro Manuel dos Reis Alves Catarino, Representante da República nos Açores, na intervenção que fez de Ano Novo, por estarmos a caminho de eleições para a Assembleia Legislativa dos Açores em 4 de Fevereiro, dirigiu um apelo aos cidadãos para que trabalhassem no sentido de reduzir a taxa de abstenção nas eleições regionais, pedido que tem todo o mérito e deve estar na primeira linha dos próprios partidos políticos que apresentam candidaturas… Isto porque a dúvida que paira é saber como se pode reduzir a taxa de abstenção quando os cadernos eleitorais contêm milhares de eleitores que simplesmente não existem ou não podem comparecer no dia das eleições, porque estão na diáspora, e daí não poderem votar… Por isso tenho dito e redito que é preciso rever os cadernos eleitorais já que para votar basta o cartão de cidadão…. A minha prima Maria da Praia percebe o apelo do Representante da República, mas insiste que o mal é da falta de revisão dos cadernos eleitorais…
Ricos! Ainda sobre a matéria em questão, depois de ter feito uma busca nos apontamentos que guardo porque há sempre um dia que a eles recorre e foi o que fiz, quanto ao Censo de 2021… e conclui que na ocasião foi anunciado que residem nos Açores 236 413 pessoas, …mas, entretanto os sábios dessas matérias anunciam que este ano podem votar para a Assembleia Legislativa dos Açores 229 921 eleitores…. Feitas as contas, a bota não bate certa com a perdigota… já que neste mesmo Censo de 2021…. a população jovem entre um ano e os catorze anos residente nos Açores era de 34. 553 pessoas… Ou seja, apenas 201.860 pessoas têm na verdade idade de votar… e não os 229 921 eleitores como foi anunciado… diferença que mexe depois quando contada a abstenção… Há ainda que contar depois com os ausentes a viver noutros sítios, tal como os estudantes que se encontram a estudar fora da Região ou os que estão ausentes por trabalho ou férias noutro sitio isto para não falar nos emigrantes espalhados pelos EUA Canadá e Bermudas… Temos de reconhecer que esta questão dos Censos e dos cadernos eleitorais não é um fenómeno apenas dos Açores, acontece em todas as democracias, mas o que se pede é que haja números certos ou aproximados de votantes para evitar depois desilusões que se prestarão a interpretações inexactas… Há quem fale que haverá cerca de 1 milhão de eleitores a mais registados no país… mas no que diz respeito aos Açores, enquanto os cadernos eleitorais não forem actualizados, vamos ter sempre resultados de uma abstenção bem maior do que a real… e isso torna-se um factor que desacredita e arruína a Democracia… por isso como cidadã responsável, defendo que as entidades responsáveis pelos censos, e a Comissão Nacional de Eleições devem pôr as mãos na massa e emendar o que deve ser emendado….
Meus Queridos! A conceituada jornalista Fátima Campos Ferreira esteve na Madeira, ilha que tem dois “vultos” conhecidos, um da cultura, que é João Carlos Abreu, e outro que é a designer e pintora “Nini” Andrade Silva natural da ilha da Madeira e mulher do mundo que tem ateliês de design de interiores no Funchal, em Lisboa e fora de Portugal. Como é da praxe, Fátima Campos Ferreira foi visitar João Carlos Abreu que é há vários anos colaborador semanal do Jornal Correio dos Açores, escrevendo sobre cultura, sobre a amizade que vai multiplicando, lembrando também quantos, pelo trabalho que desempenham e pelo investimento que fazem contribuem para o desenvolvimento da Madeira, Região que João Carlos Abreu ajudou a torná-la naquilo que ela hoje é. João Carlos Abreu não esquece os amigos que já partiram e deixaram obra pela escrita ou pela função que exerceram e fala deles sempre que lhe parece necessário para memória futura.
Numa conjuntura em que pontifica o mediatismo, é saudável ler o que escreve João Carlos Abreu, e Fátima Campos Ferreira na sua página do Facebook pública um texto referindo-se a um dos últimos trabalhos publicados por João Carlos Abreu no Correio dos Açores escrevendo o seguinte:
Leio com surpresa e agrado a publicação do jornal Correio dos Açores. Na coluna “ Crónica da Madeira”, assinada por João Carlos Abreu. Jornalista, político, que foi o responsável pela cultura, e pela alavanca do turismo na Madeira, no governo de Alberto João Jardim, por mais de duas décadas.
João Carlos Abreu é sobretudo um homem culto, com o fascínio pela arte, e uma forte ligação a Itália pela ascendência familiar. Com os oitenta bem adiantados, continua a viajar pelo mundo, a encantar – se pelo teatro e pelo belo. No primeiro dia do ano, acompanhada por outra madeirense, Nini Andrade Silva, visitei-o na sua casa do Funchal…. O registo, encontro-o agora no Correio dos Açores. E é curioso. Obrigada João Carlos. Aqui vai… ah … só acrescentar que o bolo de mel que me ofereceu era magnífico.
Meus Queridos! O Director do Jornal Correio dos Açores enviou-me a cópia do texto publicado que Fátima Campos Ferreira publicou sua na página do Facebook…. e como todos os Domingos, com sol ou chuva… tenho este espaço que me é facultado pelo meu estimado Director com o objectivo de lançar alertas, protestar, e lembrar o que muitos vão esquecendo, entendi assim lembrar três figuras que muito prezo: João Carlos Abreu, a Nini Andrade e Silva assim como Fátima Campos Ferreira… que acompanho desde há muito, o trabalho jornalístico de qualidade que ao longo dos anos, e independentemente da rubrica… tem conseguido fazer com qualidade e de forma séria, gerando admiração pelo seu trabalho, que honra o jornalismo numa altura em que ele tende para um mediatismo doentio.
Ricos! O Grupo empresarial A. C. Cymbron celebrou 75 anos de existência, Grupo que é hoje gerido por Sónia Borges de Sousa que sucedeu ao pai Vicente Borges de Sousa, falecido há poucos anos. Sónia Borges de Sousa tem procurado diversificar a actividade do Grupo que tem ainda como negócio principal o sector de combustíveis líquidos e gás, mas está a crescer em 3 a 4 áreas, duas delas já firmadas no mercado, uma elas tem a ver com o sector turístico, com a empresa Azores Easy Rent que se dedica à rent-a-car, que começou há cerca de 7 anos com 20 viaturas, hoje em dia tem cerca de 140 unidades e espera expandir-se para outros mercados. A outra área de negócios tem a ver com venda de motas de várias representações, como da Aprillia, a Moto Guzi, e a Vespa que é muito conhecida. Segundo Sónia Borges de Sousa é um sector em crescimento. Lembrando todos quantos ao longo dos 75 anos de existência deram o melhor do seu saber para que o Grupo empresarial A. C Cymbron chegasse a esta idade, continuando com vitalidade para servir o mercado com os negócios que estão na base da sua actividade e apostado no crescimento que irá continuar a ter. Um repenicado beijinho para a empresária e gestora do Grupo, Sónia Borges de Sousa…
Meus Queridos! Como não há duas sem três, falando ainda de empresas, fiquei preocupada com o que li no Jornal que tão generosamente me acolhe no seu seio, quando a administradora Graça Ornelas, do grupo empresarial a que pertence a Fábrica de Tabaco Estrela, que está em actividade desde 1882, e que se distingue por ser a única a fazer charutos totalmente à mão, diz que as restrições impostas ao sector tabaqueiro pelo Governo da República “ irão ditar o fim da indústria tabaqueira nos Açores… Mas fiquei mais descansada quando dois dias depois o meu rico Presidente da Câmara do Comércio e Indústria de São Miguel Mário Fortuna, na qualidade de Presidente da Fábrica de Tabaco Micaelense disse que a FTM produz cigarros e cigarrilhas sob licença para as maiores empresas mundiais do sector cuja qualidade ombreia com a de qualquer produtor do mundo, e quanto às restrições previstas pelo Governo Central sobre a indústria tabaqueira, o assunto mereceu a atenção dos governos e dos vários grupos parlamentares numa intervenção exemplar que resultou em três propostas de alteração da proposta original, tendo sido aprovada a do PS. Fiquei mais então mais animada porque a manter-se o que inicialmente pretendia fazer o Governo central, corria-se o risco de desaparecerem duas unidades industriais, a Estrela com 142 anos e a Micaelense com 158 anos…. e que foi pioneira na exportação de cigarrilhas para a Bélgica desde 1980 num contrato assinado entre a empresa que exportava e a que comercializava o produto. Sabemos que existem riscos no uso tabaco, mas eles existem em muitos outros produtos que só trazem desgraça a quem os usa e às famílias em geral, por isso é preciso equilíbrio nas medidas que os governos tomam….