Um Colectivo de Juízes do Tribunal de Ponta Delgada condenou ontem três homens de 39, 40 e 41 anos ao cumprimento de seis anos, cinco anos e oito meses, e oito anos de penas de prisão efectiva, respectivamente, pela prática de diversos crimes contra o património e pessoas. No rol da acusação constam crimes de ofensa à integridade física, roubo, ameaça agravada, posse de arma proibida, de evasão e de invasão de propriedade privada contra os três arguidos.
Recorde-se que dois dos arguidos, consumidores de estupefacientes à data em que ocorreram os factos, eram acusados de empunhar uma faca a exigir dinheiro, retirando, num primeiro momento, 140 euros da carteira da vítima. De seguida, dirigiram-se ao caixa multibanco mais próximo e levantaram 200 euros. Além disso, um dos arguidos exigiu que a vítima lhe entregasse o cartão multibanco e o pin. No entender da acusação, os arguidos sabiam que estavam “a agir contra a lei e a cometer um crime.”
Outro episódio, que envolvia apenas o homem de 39 anos, diz respeito ao furto de um veículo de mercadorias. De acordo com a acusação, o arguido vendeu uma carrinha e, posteriormente, terá acedido ao seu interior e iniciado marcha para parte incerta. Dois dias depois do ocorrido, o veículo foi interceptado pela PSP numa das ruas do Ramalho. De acordo com o Ministério Público, o homem sabia o que fazia e que agia contra a vontade do proprietário.
Outro incidente, que implica os arguidos de 40 e 41 anos, é relativo ao roubo de dinheiro a outro homem que circulava na baixa de Ponta Delgada. Os acusados começaram por abordar a vítima, pedindo-lhe 20 euros. Perante a recusa, um dos arguidos agarrou o queixoso, enquanto o outro cortava a alça da bolsa para subtrair o dinheiro que esta continha. No meio do alvoroço, a vítima agarrou fortemente a bolsa e o homem de 41 anos desferiu-lhe murros na cara e na cabeça.
Uns dias mais tarde, o arguido de 40 anos encontrou novamente o queixoso e, após este lhe ter dito que tinha feito queixa na Polícia, desferiu-lhe dois socos, além de proferir várias ameaças. A vítima refugiou-se numa farmácia nas proximidades do Largo 2 de Março, em Ponta Delgada.
Sobre o arguido de 41 anos pendia, ainda, uma tentativa de fuga do Estabelecimento Prisional de Ponta Delgada. Aproveitando a hora de início das refeições, o arguido tentou escapar do estabelecimento prisional, saltando para o telhado de uma habitação vizinha e, posteriormente, para o quintal, danificando componentes daquele espaço e de um veículo automóvel.
Os arguidos já se encontravam detidos no Estabelecimento Prisional de Ponta Delgada enquanto decorria o julgamento.
Carlota Pimentel