Edit Template

Dois homens estão a ser julgados por crimes de furto, ameaça agravada, dano, detenção de arma proibida e invasão de propriedade

Dois homens começaram ontem a ser julgados por um Colectivo de Juízes no Tribunal de Ponta Delgada, por diversos crimes que incluem invasão de propriedade privada, furto, furto qualificado, ameaça agravada, dano e detenção de arma proibida. Um dos arguidos é natural da Conceição, na Ribeira Grande, e o outro é residente na Ribeirinha.
Segundo refere a acusação, há um episódio que envolve ambos e remonta ao dia 31 de Outubro de 2022, pelas 12h00, altura em que os arguidos terão trepado um muro de uma propriedade agrícola, de forma a introduzir-se naquele espaço, e alegadamente terão roubado a rede de vedação das capoeiras e morto um faisão, avaliado em 150 euros. O Ministério Público entende que os arguidos agiram de forma voluntária e consciente, sabendo que estavam a agir contra a lei.
Outro incidente relatado, que implica apenas o arguido natural da freguesia da Conceição, diz respeito ao dia 22 de Dezembro de 2022 e terá ocorrido pelas 16h55, quando este alegadamente conduzia um veículo de passageiros na Lagoa, embora tivesse a carta de condução apreendida por 30 dias. De acordo com a acusação, sabia que estava inibido de conduzir e que, consequentemente, agia contra a lei.
Quanto ao arguido residente na Ribeirinha, estão em causa vários inquéritos. No entanto, na audiência de Tribunal que decorreu ontem, apenas foram referidos dois episódios além do já mencionado. O primeiro terá ocorrido a 31 de Agosto de 2022, na Rua do Jogo, na Ribeirinha. Segundo consta, o arguido ter-se-á dirigido a um homem que estava sentado no interior do seu automóvel para lhe pedir cinco euros. Após a recusa do queixoso, o arguido terá pegado numa navalha, ameaçando “cortar o pescoço” à vítima, proferindo de seguida “pico-te aos bocadinhos se saíres daqui.” Ao tentar escapar, quando a vítima terá recuado com o carro, o arguido terá dado um pontapé, que partiu o espelho retrovisor, e enfiado a navalha no capô do carro, danificando a viatura.
Outro incidente referido pelo Ministério Público terá ocorrido a 18 de Junho de 2022 e envolve uma vizinha do arguido. A contenda ter-se-á iniciado em frente ao bloco de apartamentos onde residem. É mencionado que a vítima estaria a chegar a casa do trabalho, quando encontrou o arguido e ter-lhe-á dito que parasse de ameaçar o seu filho. Mais tarde, a mulher terá saído para dar comida aos gatos que estavam na rua e, segundo relatou a vítima, ouvida ontem em Tribunal, o arguido terá saído disparado do rés-do-chão e tê-la-á atingido com uma bicicleta. A vítima afirma ter caído ao chão e alegou que o arguido voltou a agredi-la com a bicicleta, tendo ficado com as marcas dos pneus nas ancas e pernas. A agressão só terá tido fim com a intervenção de dois vizinhos.
Nas alegações finais, a Procuradora do Ministério Público afirmou que, no seu entender, encontram-se totalmente provados os factos descritos na acusação. Quanto ao homem residente na Ribeirinha, o Ministério Público pretende condenar o arguido a uma pena de prisão superior a sete anos.
A advogada de defesa deste arguido referiu que, embora o relatório social não abone a seu favor, na Ribeirinha faz-se sentir um clima de insegurança avultado e que o Tribunal não deve imputar tudo ao seu cliente.
Por sua vez, a advogada do arguido com naturalidade na Conceição alegou, em sua defesa, que as testemunhas não presenciaram ou descreveram o seu cliente, tendo apenas testemunhado o prejuízo que tiveram. C.P.

Edit Template
Notícias Recentes
Hospitais e Centros de Saúde dos Açores devem mais de 700 mil euros aos bombeiros pelo transporte não urgente de doentes
Nova carreira para os assistentes operacionais terá retroactivos, mas há processos que continuam por concluir
Universidade dos Açores acolhe a exposição “Frágil & Resiliente” até final de Maio
“Através do desporto, podemos promover turisticamente a Região e o Clube União Micaelense tem feito isso com excelência” afirma
Ex-Presidente do HDES defende-se e diz que “não fazia nem rasurava” as actas do conselho de administração do hospital
Notícia Anterior
Proxima Notícia
Copyright 2023 Correio dos Açores