No centenário da moagem Moaçor, foram destacadas as capacidades de sucesso e resiliência bem como a capacidade de inovação e progresso por parte de quem dirige o Grupo Finançor. O Presidente do Grupo, Romão Braz, frisou os ideais do Grupo para o seu desenvolvimento. No fim da cerimónia foi ainda homenageado pela sua família. Na altura, foi destacado o espírito de resiliência de José Braz: “muitos empresários, com o avançar da idade, preferem não arriscar, e assim proteger o que já foi alcançado não saindo da zona de conforto. Esta nunca foi a postura dele. Felizmente já está na cultura e no ADN das nossas empresas”.
O Presidente do Governo Regional dos Açores, salientou, na ocasião, que o centenário da Moaçor é sinónimo de “resiliência, de sucesso, de capacidade e competências dedicadas ao longo deste tempo em tantas circunstâncias e a propósito de tantas outras coisas”.
“O progresso da nossa Região, eu estou certo, constrói-se com as pessoas, com os empresários, com as instituições da identidade civil, com os parceiros sociais. Com a economia do empreendedor privado, corajoso, competente e solidário. A tentação de auto-suficiência de qualquer Governo em todas as geografias, incluindo nas nossas ilhas, não tem afinal como resultado o bem e eficaz fazer mas sim a tendência do controle efémero do poder”, afirmou ainda o Presidente do Governo Regional, José Manuel Bolieiro.
Pedro Nascimento Cabral, Presidente da Câmara de Ponta Delgada, engrandeceu “o sentido empreendedor” e a “capacidade inovadora” da Finançor, salientando ainda que “as empresas e os empresários são de facto muito importantes”.
“É com satisfação que verifico que as empresas mais antigas de Ponta Delgada representam 25,7% do tecido empresarial maduro (empresas com 20 ou mais anos) que, no seu total, registaram, no ano de 2022, 79,9% de volume de negócios, empregando, também, mais de metade do número de trabalhadores deste concelho”, elucidou ainda o Presidente da Câmara de Ponta Delgada
José Braz: “Conseguimos
concretizar um sonho”
“Já há 100 anos havia muitas mulheres que faziam parte desta grande inovação”, começou por realçar José Manuel Almeida Braz, Presidente do Conselho de Administração. “Com este grande investimento, que é constituído por um edifício que está instalado no outro lado da estrada onde foram instalados todos os equipamentos para a produção de farinha de trigo e ainda para uma central de produção de força motriz necessária ao funcionamento da fábrica que é constituída por duas máquinas a vapor movidas a lenha”, realçou.
“Com isto conseguiram aumentar drasticamente a capacidade diária da mesma passando a produzir 75 toneladas por hora. E uma produção de farinha com características físico-químicas diferentes melhorando a qualidade. É com muito orgulho e satisfação que posso dizer que nos últimos 47 anos dos 100 que agora comemoramos, tenho tido responsabilidades de topo na empresa Finançor detentora desta moagem. Assim, depois da aquisição da Finançor, em 1976, por parte de um grupo de industriais açorianos e do continente, logo verificamos que esta moagem estava desactualizada, com falta de rentabilidade e não correspondendo em termos de qualidade da farinha às exigências do consumidor”, lembrou José Braz, para logo salientar: “Passados mais 35 anos, conseguimos concretizar um sonho que já vinha desde o século XXI, construir uma moagem completamente nova, junto ao silo onde é armazenado trigo, algo que veio a acontecer em 2019. Foi algo que veio dar um novo upgrade em todos os aspectos a esta indústria em termos de modernidade, e dando um grande passo em termos de sustentabilidade com as diminuições de emissão de CO2 e diminuição dos impactos ambientais. Esta moagem tem uma capacidade de 160 toneladas em 24 horas. Pelo seu historial passado e pelo presente, a Finançor garante que no futuro o investimento, a criatividade e a inovação serão sempre, juntamente com a sustentabilidade, os valores primordiais do seu crescimento e do seu desenvolvimento”, finalizou o Presidente do Conselho de Administração do Grupo Finançor.
Romão Braz, Vice-presidente do Conselho de Administração, afirmou no seu discurso que “a moagem Moaçor tem sido uma testemunha silenciosa do tempo, transformando grãos em pão, o alimento que nos une à mesa não apenas fisicamente mas emocionalmente”.
Finalizou, afirmando que “é para nós um orgulho poder fazer parte do quotidiano dos açorianos, disponibilizando produtos com qualidade de excelência que respeita os mais altos padrões de segurança alimentar. É nossa convicção que este centenário é apenas o começo de uma jornada contínua na qual o trigo será sempre acolhido com gratidão e transformado em alimento por muitos e muitos anos”
Homenagem ao empresário
José Braz
A cerimónia ficou marcada por uma homenagem feita por parte da sua família a José Manuel Almeida Braz, Presidente do Conselho de Administração do Grupo Finançor.
Nesta homenagem, foi referido por parte do seu filho que “muitos empresários com o avançar da idade preferem não arriscar, e assim proteger o que já foi alcançado não saindo da zona de conforto. Esta nunca foi a postura dele. Felizmente já está na cultura e no ADN das nossas empresas”.
“Posso referir que entre 2007 e 2024 investimos mais de 200 milhões de euros. Dele aprendi que quer na relação pai-filho, quer como colega de Administração a dedicação, a capacidade de trabalho, o espírito de sacrifico, os valores da Finançor que são a ética, a integridade, a ambição, a inovação e a criatividade e a importância da paz social. Quero expressar a nossa gratidão e orgulho por estes 47 anos de exemplo e de liderança”, finalizou Romão Braz, antes de entregar uma medalha comemorativa ao seu pai.
Frederico Figueiredo