Apesar do parecer negativo do Governo da Madeira quanto à proposta enviada pelos Açores para a implementação de um modelo de gestão da quota do atum patudo, o Governo dos Açores procura reunir ambos os setores piscatórios para obter um consenso para a gestão desta espécie em 2024.
Preocupada com a gestão do atum patudo que representa tanto para a Região Autónoma dos Açores como para a Região Autónoma da Madeira uma importante fonte de rendimento, com grande impacto socioeconómico para o sector piscatório em geral, a Secretaria Regional do Mar e das Pescas aposta na defesa conjunta dos interesses de ambas as regiões, para uma maior cooperação institucional nas áreas do mar e das pescas, por forma a assumir posições conjuntas.
Esta reunião, com a presença de entidades de ambas as regiões autónomas, no caso dos Açores a Direção Regional das Pescas, Federação das Pescas de APASA, visa a obtenção de um consenso para a aplicação de um modelo de gestão que valorize o pescado, rentabilizando-o ao longo do ano, assegurando o rendimento dos profissionais e promovendo a gestão equilibrada das capturas.
Em 2023, esta espécie obteve um rendimento de 4.998.286,73€, o que corresponde a mais de 3 milhões de euros do que em 2019 e mais de 1 milhão do que em 2020.
Até data, em 2024, já foram descarregados nas lotas da Região autónoma dos Açores 23.570,30Kg de atum patudo, o que corresponde a um rendimento de 117.186,60€, a um preço médio de 7,52€. A proposta consistia no aumento do tamanho mínimo de captura para 12kg e na imposição de limites de captura por segmento de frota, durante ao primeiro trimestre do ano, posteriormente é feita uma revisão, onde as embarcações estão limitadas à descarga, por semana, de três vezes a quantidade definida, com interdição de descargas para leilão nas lotas da RAA às Sextas-feiras, Sábados e feriados, sendo do interesse da Região a sua aplicação o mais rápido possível de modo a salvaguardar o preço médio e a continua valorização do pescado.