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Matilde Silvestre realizou o “sonho”ao ser a primeira jovem açoriana chamada à selecção nacional de sub-17 em futsal

Matilde Silvestre cumpriu, recentemente, um dos seus maiores objectivos da sua, ainda curta, carreira, ser chamada à selecção nacional de futsal. Com o forte apoio da sua família e amigos, Matilde promete continuar o trabalho que tem vindo a desenvolver no seu actual clube, o Grupo Desportivo Casa do Povo do Livramento, para que a chamada à selecção nacional se possa repetir no futuro. Certo é que Matilde Silvestre é a primeira açoriana a ser chamada à selecção nacional de sub 17 de Futsal feminino.
Depois de alguns anos a “jogar futebol pelas escolas do Sport Lisboa e Benfica Açores”, Matilde Silvestre decidiu que estava na altura de mudar de modalidade. Assim, no inicio desta época, optou por experimentar uma modalidade que fosse diferente da que praticava, mas que não fosse tão diferente que não pudesse aplicar algumas das bases que já tinha aprendido. Foi assim que, aos 15 anos, decidiu começar a praticar futsal. “Comecei a jogar recentemente, há cerca de dois meses”, afirmou a agora atleta de futsal.
“Apesar de ter sido uma grande mudança ter ido para o futsal, até agora está a correr bem”, diz a atleta, descrevendo os seus primeiros tempos no Grupo Desportivo Casa do Povo do Livramento. Salientou, de seguida, que “as minhas colegas de equipa e toda a estrutura do clube tornaram esta adaptação muito mais fácil. Mas, obviamente, é sempre preciso algum trabalho e adaptação”.
Uma das principais diferenças que Matilde encontrou no seu novo clube foi a das condições de trabalho. Segundo diz, “o Grupo Desportivo Casa do Povo do Livramento consegue dar-nos todas as condições de que necessitamos e, por vezes, até nos dão condições que não seriam precisas. Têm uma grande organização, o que facilita muito o dia-a-dia dos seus atletas”, algo que “não aconteceria de maneira tão veemente” no seu anterior clube.
Esta melhoria de condições, na sua opinião, está ligada à sua chamada à selecção nacional de futsal feminino sub 17, uma vez que “estar no Grupo Desportivo Casa do Povo do Livramento permitiu-me jogar o campeonato nacional de sub-19 e isto permite que mais pessoas possam estar atentas ao trabalho que tem vindo a ser desenvolvido dentro do clube”.

Surpresa e emoção na chamada
ao estágio da selecção nacional

Apenas dois meses após ter começado esta aventura numa nova modalidade, Matilde recebeu com grande satisfação, e até alguma surpresa, a chamada para fazer parte de um estágio da selecção nacional de futsal feminino sub-17. “Foi uma sensação incrível. Para ser sincera, não estava à espera. Para mim, foi um misto de emoções muito grande. A minha família e os meus amigos também ficaram muito felizes e orgulhosos por esta chamada ter acontecido em tão pouco tempo. Esta chamada à selecção nacional é mais uma motivação para continuar a desenvolver o trabalho que tem sido feito”, diz.
A chamada à selecção nacional deu-se pouco tempo depois de ter representado a selecção de sub-17 de futsal feminino da Associação de Futebol de Ponta Delgada no torneio Inter-associações que se realizou no final de Dezembro de 2023 em Vila Real. As suas prestações no torneio fizeram com que esta chamada à selecção nacional fosse uma realidade.

Expectativas são as mesmas
apesar da convocatória

O facto de ter sido chamada a um estágio da selecção nacional de futsal feminino não aumenta a expectativa que os adeptos e simpatizantes da modalidade possam vir a ter sobre si. Pelo menos é isso que pensa Matilde, que acrescenta “todas as jogadoras são importantes para a equipa. O facto de ter sido chamada à selecção nacional é mérito meu, claro, mas também de toda a equipa. Ter sido chamada não aumenta as expectativas sobre mim, visto que o futsal é uma modalidade colectiva e a equipa é sempre mais importante que o colectivo”.
Os objectivos para o que falta desta época desportivo são claros para a atleta: “um deles acabei de o cumprir e espero repetir mais vezes, que era o de ser chamada à selecção nacional. Depois, espero continuar esta grande caminhada que temos vindo a fazer no campeonato com o Grupo Desportivo Casa do Povo do Livramento”.
Para Matilde, o crescimento do futsal feminino nos Açores tem sido feito “aos poucos e pouco a pouco começa a atrair mais adeptos e simpatizantes à modalidade”. Sobre o futuro, a atleta acrescenta que “ainda será muito melhor, desde que continue a evoluir como tem vindo a evoluir”.
O maior ídolo de Matilde é fácil de identificar. É “o Cristiano Ronaldo”, assume com um sorriso. “Também gosto muito da Joana Marchão, que joga futebol, e da Janice Silva, atleta portuguesa de futsal que joga no Sport Lisboa e Benfica”.
“Quero dizer que acima de tudo é preciso ter confiança no processo e no trabalho que é desenvolvido nos clubes. Depois é preciso ter confiança em si e nas suas qualidades. Também é preciso trabalhar muito. Se conjugarmos essas três coisas, estou certa que os resultados vão aparecer”. É com este mote que Matilde encara a vida e o desporto. Também é esta a mensagem que quer deixar não só a futuras atletas mas a todos os atletas em geral, talvez inspirada no mote do seu maior ídolo, Cristiano Ronaldo, que um dia afirmou que “o talento sem trabalho não é nada”.

Frederico Figueiredo

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