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Menos palavras e mais acção

1- Começa hoje a campanha eleitoral nos Açores para as eleições que se realizarão no dia 4 de Fevereiro. Os partidos candidatos às eleições estiveram em pré-campanha, fazendo contactos e apresentando os candidatos a Deputados em cada ilha. Até agora o que foi exposto pelas várias forças políticas no périplo que efectuaram pela Região foi mais do mesmo e, por isso, é com expectativa que se aguarda as linhas programáticas dos partidos que aspiram a governar os Açores nos próximos quatro anos.
2- O que se espera é que haja disponibilidade para o diálogo depois dos resultados eleitorais, porque o povo está cansado das “tricas” que são normais no confronto democrático, mas precisam de saber quais são as linhas com que se vão cozer no futuro, quando temos um novo quadro comunitário para usar e executar com honestidade, mas sem o garrote burocrático que pode afugentar as entidades que se propõem investir.
3- Temos ainda a tarefa de garantir a boa execução dos Fundos do PRR e elaborar-se uma nova lei de apoio à construção de novas habitações, que incluía o incentivo à formação de novas cooperativas e à disponibilização pela região de novos terrenos para a construção. Essa lei de apoios à habitação tem de envolver os municípios porque eles são conhecedores das necessidades locais assim como o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana, com o qual a Região sempre cooperou, porque o direito à habitação é um direito consagrado na Constituição e a República não pode considerar os Açoreanos como estrangeiros, quando a Região dá dimensão e importância internacional a Portugal.
4- O sector habitacional é prioritário e tem de ter primazia relativamente às políticas “impostas” pela União Europeia, por exemplo, relativamente à transição energética e digital, quando nos Açores a nossa aposta assenta na exploração já na Geotérmica e tem em marcha novos projectos para melhorar e aumentar a produção.
5- Ainda está por apurar os custos que a transição energética terá para as futuras gerações quanto aos projectos das energias alternativas, que tem custado rios de dinheiro às entidades públicas que as financiam sem se saber os custos que terão quando chegar a hora para a renovação, quando chegar o fim de vida.
6- A esse respeito convém saber o que foi discutido em Davos entre os dias 15 e 19 de Janeiro, que assentou no desenho mundial que existe e que foi discutido pelos milhares de “cabeças pensantes” que foram discursar, como todos os anos acontece no Fórum que este ano assentou no objectivo de dar respostas para os problemas actuais, indicando como preocupações as seguintes::
7- É preciso recuperar a confiança assente em três eixos fundamentais, sendo um em relação ao futuro dentro das sociedades, outro entre as nações, e depois coloca o foco nos princípios básicos da transparência, consistência e responsabilidade, propondo-se depois responder a perguntas que considera cruciais para promover o futuro por meio de quatro temas principais e interconectados, a saber: Crescimento internacional, criação e crescimento de empregos nesta nova era em que o crescimento internacional desacelerou nos últimos anos sendo, por isso, necessário avançar com novas soluções para substituir as medidas do passado, colocando as pessoas no centro da estratégia.
8- A Inteligência Artificial como motor da economia e da sociedade, considerada actualmente uma das questões mais importantes em relação ao futuro económico da nossa sociedade, sendo por isso preciso avaliar quais os usos que são benéficos para a sociedade, assim como os maléficos.
9- Quanto à Estratégia para o clima, a natureza e a energia, o objectivo final de Davos é alcançar um consumo neutro de carbono até 2050 e, ao mesmo tempo, fornecer acesso global à energia, água e alimentos. Para isso, os promotores do Fórum propuseram-se chegar a um consenso em que todos tenham voz para discutir como isso será feito, tendo certamente como desfecho o que acabou por ser debatido na última reunião no Dubai.
10- Esse foi o retrato das preocupações que foram debatidas e depois esmiuçadas pelos 60 Chefes de Estado e Primeiros-ministros e pelos 1.600 líderes empresariais que se propuseram participar naquele areópago internacional, sem terem encontrado uma receita para acabar com as guerras que estão a destruir e dizimar pessoas.

Américo Natalino Viveiros

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