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A palavra de ordem é “acolher todas, todas, todas as famílias”, diz casal açoriano em encontro promovido pela Diocese

Retiro com 40 casais terminou Domingo, mas as Equipas levam trabalho de casa: uma sacola com 365 intenções, que devem ser rezadas em cada um dos dias do ano
A espiritualidade familiar a partir da Bíblia e da exortação pós-sinodal Amoris Laetitia foi o tema do retiro anual das Equipas de Nossa Senhora (ENS), do sector Açores Centro, que decorreu no fim-de-semana na ilha Terceira, juntando cerca de 40 casais, dos 90 que estão envolvidos nas 21 equipas existentes na ilha.
Orientado pelo cónego Ricardo Henriques, há 33 anos conselheiro espiritual das ENS e actualmente com duas Equipas, o retiro começou com a abordagem do livro do Genesis a partir da figura de Abraão, que sai de casa para ir para a terra que Deus lhe indica.
“Trata-se de um percurso de fé exemplar pois Abraão é uma figura de referência da fé: aquele que acredita sem ver e confia sem saber”, referiu ao Igreja Açores o pregador do retiro.
Durante os dois dias o sacerdote abordou a “ identidade e a missão da família aos olhos de Deus” a partir de alguns textos do Evangelho de São João, que nos apresenta o amor de Deus como um amor fundacional, a partir do qual se gera e constrói a fraternidade humana.
“Nascemos, crescemos, desenvolvemo-nos, tornamo-nos adultos e envelhecemos e a origem está sempre no Senhor, neste amor que nos precede; é aqui que reside a raiz da fraternidade” refere o cónego Ricardo Henriques.
O sacerdote abordou ainda a missão da família a partir desse mandato de Jesus; as características da família que somos hoje em dia, na sua complexidade, e as linhas fundamentais para uma educação cristã dos filhos e para uma espiritualidade familiar.
“O documento Amoris Laetitia fala, pela primeira vez, de uma espiritualidade conjugal e familiar, nomeadamente o amor da Santíssima Trindade, cristocêntrica que, para além desta dimensão trinitária, orante e eucarística, tem uma dimensão missionária” referiu o sacerdote.
Para o casal responsável pelo Sector Açores Centro, Andreia Rocha e Lúcio Sousa este retiro é sempre um momento enriquecedor para o casal e cientes de que muitos dos equipistas não podem participar no retiro anual por variadas razões, este ano o casal decidiu oferecer a todos os equipistas da Terceira uma sacola contendo 365 preces/intenções, que os casais devem ler em família e rezar.
“É uma intenção por todos, todos, todos… Todas as famílias têm de ser acolhidas. Os casais não precisam de ajuda para rezar mas esta é apenas uma outra forma de os ajudar seja para rezarem em casal, ou com os filhos ou com os netos” refere Andreia Rocha.
“A família tem mudado muito, há muitas famílias, mas independentemente da sua natureza são todas para abraçar e para acolher” refere o casal.
“É uma ocasião para rever e fazer uma paragem como casal e como família” afirma o Conselheiro Espiritual da Equipa responsável pelo Sector Açores Centro.
“É como nas coisas grandes da vida: temos de parar para refletir o caminho e fazer uma revisão de vida e ver se não estamos a cair na rotina, para além de que esta paragem, em forma de retiro, exige silêncio que é outro aspecto importante de uma espiritualidade mais profunda”.
O retiro terminou com uma eucaristia presidida pelo bispo de Angra. As Equipas de Nossa Senhora celebram sempre uma missa nos primeiros sábados e organizam vários momentos de oração e de partilha ao longo do ano.
As equipas são um movimento de espiritualidade conjugal. Nos Açores existem 30 Equipas: 21 na Terceira e 9 em São Miguel.

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