A Associação de Produção da Educação Ambiental dos Açores (APPAA) apelou aos partidos concorrentes às eleições legislativas Regionais para integrarem nas seus programas eleitorais a defesa do ambiente.
As eleições ocorrem numa época em que os cidadãos açorianos “são confrontados directamente pelas consequências das alterações climáticas” e “desde o final do Verão passado, a região já foi atingida por cerca de uma dezena de temporais, que causaram prejuízos de milhões de euros e puseram em causa a segurança das pessoas, dos seus bens e dos equipamentos públicos”.
A APPAA defende a Promoção da Educação Ambiental, “não apenas nas escolas, mas para todos de modo a que sejam actuantes na defesa do ambiente”
Defende, igualmente, que a Protecção Ambiental “deve exigir medidas de prevenção às ameaças cada vez mais frequentes e intensas das tempestades e o reordenamento do território”.
No seu entender, “quer na frente marítima, quer nas linhas de água, os erros cometidos não podem ser corrigidos com novas obras públicas que, também elas, ficam sujeitas a ser destruídas pelos temporais subsequentes. As construções afectadas ou ameaçadas deverão ser substituídas por outras em local apropriado e seguro. Este será o processo mais eficaz para evitar desastres futuros, causados pela força do mar ou pelas enxurradas”, refere.
Por isso, afirma, “é necessário entendimento entre os decisores políticos para que seja dada prioridade às questões ambientais, tendo em conta a experiência e os conhecimentos, particularmente dos investigadores, cientistas e técnicos que as estudam, de acordo com os dados recolhidos.”
A Protecção Ambiental dos Açores” significa a defesa de todo o território (terra, mar e ar) e de todos os que dele dependem para viver. São necessários os meios humanos, técnicos e materiais tanto na administração regional como na local, para que haja uma gestão integrada e transversal em todos os sectores de actividade, sobretudo nas áreas da comunicação e da educação (educação ambiental), nas políticas de transportes, energia, consumo e produção de resíduos, turismo, produções agrícolas e industriais, na construção de equipamentos públicos e privados, na investigação científica. Todos estes sectores têm que estar coordenados, em todos os níveis, de forma a garantir uma política transversal que garanta a integridade de todo o nosso território”.
A Protecção Ambiental dos Açores depende igualmente da defesa e reordenamento das áreas mais sensíveis, alteradas pela acção humana, em terra e no mar, ou invadidas por espécies que se tornam infestantes. É necessário garantir o habitat e o desenvolvimento das espécies nativas, controlando as espécies invasoras que põem em causa o equilíbrio dos ecossistemas e da biodiversidade, marinha e terrestre”, refere.