O porto das Lajes é o único porto comercial da ilha das Flores, tendo sido destruído em Outubro de 2019, na sequência da passagem do furacão Lorenzo no arquipélago, causando constrangimentos no abastecimento à ilha. Nos últimos três anos foi constituído um grupo parlamentar de trabalho, “houve muitas visitas governamentais, e muitas discussões entre o Governo Regional e o Governo da República sobre quem teria a responsabilidade de transferir as verbas para as obras naquela estrutura portuária”.
“A verdade é que a população das Flores não está à espera destas discussões, mas sim da conclusão desta obra e que se faça mesmo a protecção do molhe deste porto. Aquilo que me dizem os pescadores é que possivelmente esta destruição vai voltar a acontecer porque este é um porto que foi mal projectado desde o início”, afirmou José Pacheco, líder do CHEGA Açores e cabeça-de-lista por São Miguel às próximas eleições regionais de 4 de Fevereiro.
No âmbito de uma acção de campanha no porto das Lajes das Flores, onde esteve com dirigentes regionais do CHEGA e candidatos das listas dos vários círculos eleitorais, José Pacheco lembrou que aquele é o único porto de abastecimento da ilha e, por isso mesmo, “não podemos estar à mercê das discussões infindáveis dos políticos na Assembleia Regional e na Assembleia da República”. O CHEGA defende, por isso, que “se o Governo da República não se chega à frente, deve ser o Governo Regional a fazê-lo, sob pena das obras naquele porto não avançarem. Se há 200 milhões de euros para enterrar na SATA, tem de haver dinheiro para enterrar neste porto que faz muito mais falta aos florentinos do que andarem os meninos a passear de avião para Paris. Com o CHEGA é isto que vamos fazer. A prioridade são as pessoas”, afirmou José Pacheco.
Já o cabeça-de-lista do CHEGA pelas Flores, José Paulo Sousa, exigiu “uma solução imediata” logo após as eleições, “para que sejam levadas a cabo as obras de protecção do molhe e que em pouco tempo tenhamos um porto de abastecimento”.