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Enfermeiros do HDES abordam em Jornadas carência de profissionais e a tomada de medidas para a sua fixação

Os 657 enfermeiros do Hospital do Divino Espírito Santo, reunidos em jornadas na cidade de Ponta Delgada, consideram que “mais contratações e medidas para a fixação” são os seus principais desafios.
Durante o encontro vão reflectir “sobre a actualidade e partilhar experiências para melhorar a qualidade dos cuidados, sendo este o principal objectivo destas jornadas, que decorrem até Domingo”.
O Presidente da Comissão Científica nas Jornadas de Enfermagem, Pedro Brás, considerou à Antena 1 Açores que “ser-se enfermeiro na Região é complexo. Existem muitas assimetrias entre as várias ilhas e, mesmo dentro das ilhas, entre as várias instituições de saúde. Nós temos noção disso. É um desafio constante e, portanto, nas oportunidades também estão alguns desafios.”
“Tem a ver exactamente com a qualidade de vida que se pode ter e esse é um factor fundamental para que, do ponto de vista de saúde mental, física e emocional, as pessoas estejam mais preparadas para contrariar os desafios do dia-a-dia”, referiu.
Pedro Brás realçou que ser-se enfermeiro na Região “implica alguma criatividade naturalmente, implica muita mobilização de recursos entre serviços que eventualmente estão mais carentes mas, sobretudo, há muita dedicação por parte dos técnicos de saúde. As equipas multidisciplinares têm uma grande solidariedade no serviço que prestam.”
“Claro que no dia-a-dia sentimos sempre dificuldades. Há sempre falta de recursos, sejam físicos, sejam humanos, hoteleiros, equipamentos. Mas, sobretudo, importa ir percebendo quais as limitações e ir, de alguma forma, colmatando essas lacunas e, claro, do ponto de vista dos técnicos de saúde, a formação é um requisito essencial para melhorar também a sua intervenção no dia-a-dia,” disse Pedro Brás.
Por sua vez, o vereador da Câmara Municipal de Ponta Delgada, Marco Resendes, disse na sessão de abertura das Jornadas que a iniciativa “constitui sempre uma oportunidade de melhor conhecer a realidade dos profissionais de enfermagem e sentir o seu pulsar face a desafios como o ajustamento constante e necessário da comunicação em saúde, as abordagens às problemáticas da saúde mental, bem como as suas preocupações em torno da ética da formação e da profissão, entre outras”.
No fundo, “estas Jornadas são uma demonstração de que as unidades de saúde e os enfermeiros, em particular, se preocupam em renovar a sua capacidade de intervir e lidar com as mudanças sociais e profissionais, contribuindo, assim, para o avanço da profissão, por forma a dar resposta às necessidades do indivíduo, da família e da comunidade”, acrescentou.

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