O cabeça-de-lista do CHEGA à ilha das Flores nas próximas eleições regionais, José Paulo Sousa, “vai levar a mudança que é há muito necessária” nas Flores, “fazendo a diferença e lutando por aquilo que é preciso fazer na ilha”.
Esta realidade ficou patente no jantar-comício em Santa Cruz das Flores, onde o líder do CHEGA Açores, e cabeça-de-lista por São Miguel, José Pacheco, destacou a juventude e dinamismo de José Paulo Sousa para “combater a estagnação” a que a ilha ficou votada nos últimos anos. “Olho para os outros candidatos, belíssimas pessoas que respeito, mas que já estiveram na Assembleia Regional e não vão trazer nada de novo. São pessoas que foram amordaçadas pelos partidos e que nunca defenderam as Flores em condições”, referiu José Pacheco.
E deu o exemplo do deputado do PPM, “pessoa que muito estimo, mas as Flores não tiveram um deputado do PPM, tiveram dois deputados do Corvo”, que passaram os últimos três anos a reivindicar o investimento de milhões para a mais pequena ilha do arquipélago, apenas por política e sem olhar para a ilha e para os corvinos. “Tenho muito respeito pelas pessoas de cada ilha, e se o candidato Paulo Estevão estivesse a beneficiar a ilha do Corvo não punha lá um senhor que está indiciado por corrupção, que foi ganhar 20 mil euros por mês”, adiantando que no CHEGA “os amiguismos e o compadrio são para acabar”.
Falando nos últimos desenvolvimentos que envolvem as acusações de corrupção contra o Presidente do Governo Regional da Madeira (PSD), ou mesmo o caso de José Sócrates (PS) que vai mesmo ser julgado também por corrupção, o líder do CHEGA Açores garantiu que não vai permitir “que as minhas ilhas sejam travadas no seu desenvolvimento porque há uma briga entre os Açores e a República, e o porto das Lajes das Flores está da maneira que está. Não se pode voltar as costas às pessoas, o que se fez à ilha das Flores é uma vergonha”.
Atacando os partidos que foram alternando na governação dos Açores, José Pacheco garantiu que “com o CDS e com o PPM, o CHEGA nunca vai apoiar Governo nenhum. Nem vontade tínhamos de apoiar o PSD, é imaginar com aqueles dois outros partidos lá. Não trabalhamos para partidos, mas para o povo dos Açores que merece mais respeito”. E continuou criticando aqueles que “prometeram e não fizeram, nem vão fazer, porque se hoje temos dificuldades na mão-de-obra, deve-se aos 25 anos do rendimento mínimo que foi o maior cancro que Portugal teve. Próprio da canhota, que diz ao povo que não precisa de trabalhar porque dá o dinheiro”. Mas apontando também àqueles que “já dizem que se deve fazer outro apoio e não ter o rendimento mínimo, até já ouvi um candidato a dizer que esta terra precisa de mais trabalho. O que fizeram durante os últimos três anos? Esta terra precisa de mais trabalho, a começar pelos governantes, que estiveram três anos a brigar uns com os outros”.
Focando-se na realidade da ilha, José Pacheco desafiou os políticos do continente “a irem viver um ano para as Flores. Aqui, onde vocês sabem que se não tiverem o médico naquele dia, pode ser a diferença entre viver e morrer. Aqui, para sentirem a dificuldade do barco que não acostou e não há comida para pôr na mesa”, disse no jantar que juntou em Santa Cruz militantes e simpatizantes do CHEGA, bem como dirigentes regionais do partido e candidatos pelos restantes círculos eleitorais dos Açores do CHEGA.
Neste sentido, também o cabeça-de-lista do CHEGA pelas Flores apelou a que “se começasse a dar ouvidos às pessoas, porque são elas que ali vivem…”