Edit Template

Adriano Medeiros tem 94 anos e já fez62 romarias completas em São Miguel

Adriano Couto Medeiros tem 94 anos e 62 romarias completas; Henrique Reis tem 13 e vai este ano fazer a segunda. Ambos têm uma certeza: a romaria é “algo que chama e uma vez romeiro, romeiro toda a vida”.
Henrique nasceu exactamente no ano em que pai foi pela primeira vez o mestre do Rancho de São José, em Ponta Delgada, grupo que o acolherá pela segunda vez este ano.
“Era para ter ido em 2020 pela primeira vez mas a pandemia fez com que só pudesse sair em 2023. Gostei e por isso aqui estou outra vez”, disse ao Sítio Igreja Açores.
Mas o que o levou a ser romeiro?
“Nasci com isto, dentro disto e tinha que experimentar. Gostei da Romaria do ano passado e vou fazê-la de novo”, afirma. E o cansaço? “É claro que ficamos cansados; andamos o dia todo… as horas de levantar, o caminho, as horas de deitar para no dia seguinte fazer outra vez o mesmo é cansativo, mas eu gosto e sinto-me bem” refere. Talvez seja este gosto que levou Adriano Couto Medeiros a ser romeiro, desde 1941. A última romaria que fez foi em 2014. As pernas e a idade “já não são o que eram” mas até que morra “serei sempre romeiro e acompanharei sempre a romaria”, nem que seja de carro.
“Em 1969 estava na Bermuda e vim à Romaria. O meu pai ficou doente e eu tive que o substituir como mestre. Não consegui aterrar em Santa Maria e fui para Lisboa. Quando consegui chegar a São Miguel já o grupo estava na estrada. Juntei-me e lá fui” recorda com orgulho a persistência, outro nome para o gosto de ser romeiro.
“É claro que há dificuldades, mas as dores passam num instante” refere ainda o decano dos romeiros do Rancho da Saúde, nos Arrifes.
“Venho aqui a este encontro para ver os amigos, os irmãos e aprender. A romaria é uma coisa séria e nós devemos estar bem preparados”, refere Adriano Couto, como é conhecido um dos homens que lançou estes encontros que já se realizam há 50 anos.
“Antes não havia transportes e nós tínhamos de fazer os encontros por zonas, mas nunca deixamos de os fazer”, assegura com a certeza de quem quer recordar uma vida dedicada à Romaria.
“Há um grande entusiasmo e adesão dos romeiros a estes encontros que acabam também por funcionar como formação” assegura, por seu lado, João Carlos leite, presidente do Movimento que agora é também uma Associação de direito civil.
“Queremos sempre inovar nos temas e por isso este ano escolhemos o perdão; espero que consigamos levar os frutos necessários para uma boa caminhada”, refere o romeiro de Ponta Graça.
Este ano espera-se que saiam os 56 grupos – 54 de São Miguel e dois da diáspora – e que aumente o número de romeiros na estrada embora possam não chegar aos habituais 2500 homens. Os jovens “são fundamentais para que a romarias se renovem”, acrescenta. Durante a celebração dos 500 anos foram feitas várias acções de sensibilização nas escolas e nas catequeses de forma a atrair os jovens para esta realidade.
As romarias quaresmais acabam de celebrar 500 anos. IA

Edit Template
Notícias Recentes
Pedro Nascimento Cabral anuncia aumento da verba do Orçamento Participativo de Ponta Delgada
“A conversão aparece quando me relaciono com Cristo como alguém verdadeiro”, diz Arcebispo Richard Henning
Festa do Emigrante no Coliseu Micaelense
Ampla maioria aprova relatório final da Comissão sobre Ordenamento do Espaço Marítimo
Governo açoriano congratula União Agrícola Cooperativa por vencer Prémio Crescimento Açores nos Prémios VALORFITO 2024
Notícia Anterior
Proxima Notícia
Copyright 2023 Correio dos Açores