A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) e a Polícia de Segurança Pública (PSP) lançam hoje a Campanha de Segurança Rodoviária “Taxa Zero ao Volante”, inserida no Plano Nacional de Fiscalização (PNF) de 2024.
A decorrer entre os dias 1 e 7 de Fevereiro, a campanha tem como objectivo alertar os condutores para os riscos da condução sob a influência do álcool.
Em 2022, dois em cada cinco condutores mortos em acidentes de viação apresentavam uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 0,5 gramas por litro e três em cada quatro destes condutores tinham uma taxa igual ou superior a 1,2 gramas por litro.
Vários estudos científicos demonstram que conduzir sob a influência do álcool causa várias perturbações, designadamente, ao nível cognitivo e do processamento de informação, bem como alterações na capacidade de reagir aos imprevistos e descoordenação motora.
O que integra a campanha
“Taxa Zero ao Volante”?
A campanha integra acções de sensibilização da Autoridade Nacional em território continental e dos serviços da Administração Regional dos Açores e da Madeira.
Abrange operações de fiscalização pela Polícia de Segurança Pública, com “especial incidência” em vias e acessos com elevado fluxo rodoviário e de acordo com o Plano Nacional de Fiscalização de 2024, de forma a contribuir para a diminuição do risco de ocorrência de acidentes e para a adopção de comportamentos mais seguros por parte dos condutores no que respeita à condução sob a influência do álcool.
A Autoridade Nacional em território continental e a PSP relembram, a propósito, que a condução sob a influência do álcool “é um risco para a sua segurança e a dos outros.”
Com taxa de 0,5% de álcool
no sangue o risco de acidente duplica
Clarificam que com uma taxa de álcool no sangue de 0,5 gramas por litro “o risco de sofrer um acidente grave ou mortal duplica.”
Referem que os acidentes que decorrem da condução sob a influência do álcool “são particularmente graves”
Salientam que o álcool “diminui o campo visual, provocando a chamada visão em túnel. Esta perda de capacidades, bem como as alterações de comportamento que podem levar a estados de euforia e de desinibição, aumentam de forma muito significativa o risco de envolvimento em acidentes rodoviários.” Relativamente a 2024 foi ainda adicionado um novo capítulo sobre a fiscalização dos veículos de duas rodas a motor.
Na opinião da Polícia de Segurança Pública, “a sinistralidade rodoviária não é uma fatalidade e as suas consequências mais graves podem ser evitadas através da adopção de comportamentos seguros na estrada”.