A propósito da notícia ontem publicada pelo Correio dos Açores’ sobre as ameaças ocorridas na Escola Básica e Integrada Canto da Maia, o Presidente do Conselho Executivo, professor Miguel Jorge Gameiro Ferreira da Silva enviou um esclarecimento à Direcção deste jornal que nos apraz registar.
- “O encarregado de educação em questão informou o conselho executivo que a sua educanda tinha sido ameaçada com uma navalha através das redes sociais. Nesse mesmo dia o conselho executivo revistou de surpresa o aluno e verificou que o mesmo não tinha em seu poder qualquer navalha. O vice-presidente do conselho executivo aconselhou o encarregado de educação a apresentar queixa na PSP, porque a ameaça tinha surgido num espaço exterior à escola (redes sociais). Este problema ficou resolvido, pelo que o próprio encarregado de educação me transmitiu.
- Durante o primeiro período, dois alunos foram identificados pelo conselho executivo, porque tinham na sua posse duas pequenas navalhas. A situação foi prontamente resolvida e, pelo que fomos monitorizando, não circulam quaisquer armas nesta escola.
- No dia em que um aluno encontrou uma bala, no recreio, perto da entrada principal do estabelecimento de ensino, este foi imediatemente entregar o objeto ao telefonista, o assistente operacional que estava mais próximo. Mal o conselho executivo teve conhecimento, solicitou a presença da PSP, que tomou conta da ocorrência.
- Entretanto, apurámos que outro aluno captou imagens da bala e divulgou-as sem autorização, não cumprindo o estipulado no regulamento interno da escola.
- Mais informo que este orgão executivo tem o seu gabinete permanentemente com a porta aberta, no sentido de receber qualquer queixa dos alunos (agressões verbais ou físicas, ameaças, etc). A nossa intervenção é imediata, a fim de evitar a continuidade de determenimados comportamentos disruptivos, ou seja, o denominado Bullying. Este fenómeno carateriza-se por ser algo continuado e não esporádico.
- Lamento que as redes sociais tenham sido utilizadas para denegrir publicamente, e sem conhecimento de causa, determinados profissionais desta escola.
Com os melhores cumprimentos, consideração e estima pessoal.
O Presidente do Conselho Executivo
Miguel Jorge Gameiro Ferreira e Silva Escola Básica Integrada Canto da Maia”
PSP esclarece intervenção na Escola Canto da Maia através do Escola Segura
O Comando da Polícia de Segurança Pública enviou ao jornal Correio dos Açores o seguinte esclarecimento a propósito dos factos ocorridos na Escola Básica e integrada Canto da Maia: “O Comando Regional da Polícia de Segurança Pública dos Açores, através do programa da Escola Segura, do Modelo Integrado de Policiamento de Proximidade, da Divisão Policial de Ponta Delgada, tem como objectivo promover/incrementar a proximidade e visibilidade policial nos Estabelecimentos de Ensino e, consequentemente, prevenir a prática de crimes e outros comportamentos desviantes nos mesmos, incrementando, desta forma, o sentimento de segurança de toda a comunidade escolar.
Na sequência da publicação e divulgação de várias notícias relacionadas com a segurança na Escola Básica Integrada Canto da Maia, importa esclarecer que a Divisão Policial de Ponta Delgada, através dos Polícias afectos ao programa “Escola Segura”, tem vindo a realizar várias diligências, no sentido de acompanhar, presencialmente, todas as ocorrências que nos são reportadas.
Neste seguimento, aludimos que, em momento algum, foi confirmada a existência de qualquer arma branca no Estabelecimento de Ensino em apreço. Contrariamente, ao que foi publicitado, apuramos que foi registada uma denúncia relativa a uma situação de ameaças, através das redes sociais, na qual é efectuada uma referência a uma eventual utilização de arma branca.
Confirmamos que nos foi entregue uma munição, alegadamente, encontrada no solo, dentro da referida escola.
Contudo, esta situação não possui qualquer tipo de ligação e/ou relacionamento com a denúncia anteriormente referida.
Por fim, salientamos a importância destas situações serem devida e tempestivamente reportadas à Polícia de Segurança Pública, devendo-se evitar, conforme foi notório, a sua descontextualizada divulgação nas redes sociais, possibilitando uma actuação policial mais célere, eficiente e eficaz.”