José Pacheco, que completou 53 anos no Domingo, dia de eleições, considerou a eleição de cinco deputados “uma grande vitória do CHEGA, talvez o único partido que tem a vitória nesta noite”, disse.
Ao longo da sua intervenção, José Pacheco defendeu uma baixa de impostos na Região, realçando mesmo que “qualquer dia pagamos impostos até para respirar”.
Adoptando um discurso de agradecimento ao povo açoriano pelo aumento de votação no CHEGA, José Pacheco prometeu “combater ferozmente toda a corrupção e toda a fraude” que ocorra nos Açores e também se manifestou contra “qualquer compadrio”.
Realçou o trabalho dos seus colaboradores, “pessoas que deixaram as suas famílias, foram pregar cartazes, andaram empoleirados em postes de luz, andaram a fazer das tripas coração porque acreditaram no ideal e acreditaram que ainda é possível viver nos Açores.”
Pediu que os políticos açorianos, do passado e do presente, que tornem publicas as suas declarações de património e de rendimentos “E, até se for necessário, as contas bancárias porque a minha eu mostro imediatamente”.
Teceu duras críticas aos que enriquecem com a Autonomia dos Açores apelando a uma melhor distribuição de riqueza para que os rendimentos cheguem também às classes mais desfavorecidas da sociedade açoriana.
“Eu entrei no Parlamento com um determinado património que eu tinha, que é pouco porque não sou uma pessoa de posses, não sou uma pessoa rica, eu sai do Parlamento com o mesmo que tinha. Eu não enriqueci com a política e gostava que outros também provassem o mesmo”, afirmou.
Entretanto, o líder nacional do CHEGA, André Ventura, defendeu que deve haver conversações com o líder da Coligação, José Manuel Bolieiro, na defesa de um acordo de Governo. “Vamos trabalhar para que este acordo de Governo seja possível”, afirmou André Ventura.
André Ventura estava mesmo convencido na noite eleitoral que o CHEGA faria parte do novo Governo dos Açores em parceria com a Coligação PSD/CSD/PPM, o que se viria, com as declarações de José Manuel Bolieiro, não ser possível. O líder da coligação (ler pág. 11), deixou bem claro que vai apresentar ao Representante da República um Governo assente na maioria relativa de 42% e 26 deputados que obteve nas urnas como um “mandato dos açorianos para governar”.