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“Expansão de Consciência privilegia o facto de a pessoa ter espaço para ela própria fazer o seu trabalho sistémico”, afirma a terapeuta Joana Madruga

A segunda edição do evento “Expansão de Consciência” decorre no dia 13 de Março em São Miguel. Licenciada em Psicologia Clínica, a terapeuta Joana Madruga concilia no seu trabalho várias ferramentas, entre as quais, a Leitura de Aura, Constelações, Reiki e Activação Energética-kundalini. Actualmente está a aprofundar a Innerdance com o seu fundador ,Pi Villarazza. Esta prática usa a música para evocar uma consciência mais desperta e, por entre outros benefícios, ajuda a libertar bloqueios mentais e emocionais

Correio dos Açores – Pode explicar em que consiste o “Expansão de Consciência” em São Miguel?
Joana Madruga: – Já venho aos Açores há muitos anos. A primeira vez foi em Setembro de 2015, e tudo isto começou com uma pessoa de São Miguel que viu uma entrevista minha na televisão e marcou uma consulta no continente.
No final da consulta, perguntou-me se queria ir aos Açores pois podia disponibilizar um sítio para as consultas e encaminhar algumas pessoas. A partir daí, são incontáveis as vezes que eu já fui a São Miguel, penso que esta será a décima segunda vez.
Vou levar o “Expansão de Consciência”, um evento de um dia que levo a cabo já há muito tempo. Em Portugal continental terei feito umas quatro vezes, e esta será a segunda vez nos Açores.

O que é que os participantes podem esperar desta segunda edição em São Miguel?
O “Expansão de Consciência” privilegia o facto de a pessoa ter espaço para ela própria fazer o seu trabalho sistémico. O grupo não pode ter mais de 12 pessoas, porque este processo demora algum temo e, caso contrário, o dia seria demasiado extensivo e cansativo para todos.
Aqui junto duas ferramentas, o trabalho sistémico conhecido como “Constelações” que uso num formato muito próprio e que permite trazer à consciência uma série de questões sobre nós e sobre os nossos sistemas familiares. No fundo, tudo aquilo que são processos mais relacionais, sejam estes internos ou com os outros.
É um processo que activa bastante o nosso racional e o que o que eu descobri foi que, depois de levar a cabo um processo deste tipo, o “Innerdance” ajuda a fazer fluir a energia e a expandir a nossa mente, faz com que a integração do processo interior, neste caso o processo sistémico, seja mais rápido e eficaz sem ter que ficar a reverberar tanto no nosso racional e na nossa mente.
Portanto, o que podem esperar é exactamente isso, um trabalho em grupo, mas que acaba por ser bastante individualizado com espaço para cada um e para aquilo que ele traz enquanto problemática. Pode saber, ou não, o que vem trabalhar. Não é preciso ter uma intenção clara e pode vir com estas questões em aberto e ser a energia a trazer à superfície aquilo que é prioritariamente necessário olhar. É por isso que digo que tenho um modelo próprio na forma de trabalhar esta parte sistémica.

O que a motivou voltar aos Açores e, em especial, a São Miguel?
Voltar aos Açores é sempre muito fácil para mim e acredito que pela vontade das pessoas euiria muito mais vezes. No continente também desenvolvo muitas coisas. Continuo a fazer consultas pois é uma das bases do meu trabalho, essencialmente leitura de aura, hipnose e algum acompanhamento mais profundo e individual. Mas também dou uma data de cursos em Lisboa e arredores. De Setembro a Dezembro deste ano, vou avançar com o curso de leitura da aura, que já faço há cerca de seis anos. Em Maio vou fazer um intensivo innerdance, o qual é um mergulho profundo em nós, mas também deixa a pessoa capacitada para ser facilitadora deste processo.

Como é que a sua formação em Psicologia Clínica se relaciona com a dimensão espiritual nas suas práticas terapêuticas?
Em Janeiro de 2025 faz 20 anos que me licenciei em Psicologia Clínica, e esta continua a ser uma base muito profunda em tudo aquilo que faço. A parte energética sempre esteve muito presente para mim, desde que me conheço como gente, mas foi algo que durante muitos anos vivi de forma muito calada, não transmitia para fora porque achava algo muito esquisito. Hoje em dia estou perfeitamente casada com a Psicologia, dentro daquilo que é possível casar, porque obviamente eu só posso falar de resultados e daquilo que observo. Não posso provar muitas das coisas que observo e estou muito tranquila com esta questão, mas como queremos entrar aqui num campo mais científico, o facto é que muita coisa está a ser avaliada e estudada. Nomeadamente no innerdance há muita coisas que ainda não estão completamente comprovadas, como por exemplo questões hormonais e todos os processos que acontecem no nosso cérebro quando fazemos uma sessão, e, portanto, aqui acaba sempre por colidir um pouco com a questão da ciência.

Existem algumas histórias que a tenham marcado que gostaria de partilhar?
Nunca mais saía daqui. Posso falar, por exemplo, do retiro que aconteceu há cerca de uma semana em que o tema era a ancestralidade. É impressionante a quantidade de feedback que estou a receber dias após as pessoas saírem do retiro, de resoluções interiores… Tive o caso de uma pessoa que tinha uma relação muito complicada com mãe e, passado dois dias do retiro, para ela foi possível abraçar a mãe e realizar uma catarse entre as duas. Pela primeira vez, a mãe conseguiu ouvir a filha e perceber o que é que ela estava a decidir naquele momento da sua vida sem julgamento. Tenho situações de pessoas que com uma única sessão de Innerdance desbloquearam situações às quais estavam presas há muito tempo.

Como descreve o ambiente e a energia que se cria durante o evento “Expansão de Consciência”?
Todos os grupos são sempre criados com a intenção muito clara de que se juntem as pessoas certas para aquele momento e para o trabalho específico que vai acontecer. Tudo é feito em função desta abertura de campo em que eu digo: ‘eu quero fazer este trabalho’ e a partir daí as pessoas começam a inscrever-se e eu sei que aquele grupo não se vai juntar por acaso. Começo a sentir a energia do grupo, a ressonância que ali está e face a isso começo a construir a trilha sonora que quero usar na sessão de Innerdance. Portanto, é altamente personalizado, apesar de ser em grupo.

Quer deixar alguma mensagem a possíveis interessados?
Sinto que aquilo que me move é a verdade, a transparência, a coerência. Sou sempre muito directa e honesta em relação àquilo que está a acontecer no meu trabalho pessoal. Por exemplo, como estou a aprofundar o Innerdance, porque eu própria estou a fazer formação, as pessoas sabiam que iam passar a ouvir falar de outros termos para além da activação energética. Portanto, eu abro sempre aquilo que está a acontecer na minha vida para que saibam que sou um ser humano como todos os outros e que estou em contínua aprendizagem.
Acredito que nós estamos sempre em contínua aprendizagem. Sempre e para sempre. Portanto, todos temos a decisão de querer, ou não, explorar, saber mais e mergulhar mais profundamente em nós.
Não tenho tradução directa para o português, mas cada vez mais sinto que neste trabalho sou apenas uma space holder, alguém que sustenta o espaço, que cria as condições necessárias para que os outros aprendam a aceder à sua própria sabedoria e à sua própria capacidade de auto-cura. Não há um guru, um mestre ou alguém que tenha algo que nós não temos, apenas há uma pessoa que se entrega a esta ideia de criar as condições necessárias para desencadear este processo de as pessoas se encontrarem a si mesmas.

Daniela Canha

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