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Bolieiro apela à responsabilidade do PS/Açores para viabilizar o Governo de maioria relativa da Coligação, garantindo a estabilidade na Região

O líder da Coligação PSD/CDS/PPM, José Manuel Bolieiro, reafirmou ontem ao programa ‘Grande Entrevista’, da RTP3, que vai apresentar ao Representante da República, Pedro Catarino, um Governo de maioria relativa e que vai apresentar na Assembleia Legislativa Regional o seu programa de governo “sufragado” pelo eleitorado açoriano, afastando qualquer cenário de acordos de incidência parlamentar.
Considerou-se “um conciliador” que negoceia com “o sentido de responsabilidade de afirmar estabilidade”.
Recordou, a propósito, que as democracias ocidentais “já viveram há muito tempo e têm de voltar a conviver com governos de maioria relativa e o sentido de responsabilidade daqueles que têm representação plural parlamentar asseguram a normalidade da democracia e das legislaturas até ao fim porque não se pode contrariar sempre a vontade do povo que, no meu entendimento, é de estabilidade. É, neste caso, da vontade da continuidade da governação que estava a ser desenvolvida”.
“Tenho que assumir a vontade dentro da nossa coligação de uma solução governativa que, sobretudo, dê capacidade e competência para boas execuções…”, afirmou José Manuel Bolieiro, dando a entender que está preocupado, nesta altura, com a formação do seu novo Governo.
O jornalista questionou mesmo se estava “mais preocupado com a formação do próximo Executivo?”, a que José Manuel Bolieiro respondeu: “Sem dúvida. Eu tenho um programa eleitoral que foi submetido a sufrágio com uma agenda da governação muito específica que foi conhecida da população, visto que eu fui dos poucos que em campanha eleitoral e em pré-campanha, falei e apresentei ideias, projectos e responsabilizei-me pelos resultados da minha governação interrompida.”
“O que se espera é uma solução governativa não socialista nos Açores”, afirmou José Manuel Bolieiro ao longo da primeira parte da entrevista e quando questionado sobre o que espera que fará o PS/A, segundo partido mais votado (com 23 deputados, menos três que a coligação), José Manuel Bolieiro respondeu, de forma clara: “Eu não espero que o PS vote a favor”.
Perante a questão de poder haver eleições antecipadas daqui a seis meses, José Manuel Bolieiro respondeu à RTP3 que “está convencido que esta irresponsabilidade será devidamente punida. Sendo que haverá um inevitável prejuízo para a Região, para a economia e para a sociedade. Ficamos praticamente um ano sem Orçamento.”
Afirmou esperar que o PS “assuma a sua responsabilidade na defesa dos interesses dos Açores” e citou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, quando afirmou “foi bem claro da importância de haver Orçamento.”

“Diálogo e concertação”
no Parlamento

Perante a questão se vai esperar sentado que o PS e o CHEGA se cheguem à frente e anunciem qual vai ser o seu sentido de voto ao programa de Governo, o líder do PSD/CDS/PPM afirmou que “o diálogo e a concertação será feita no quadro do que foi a legislatura que terminou de, em sede parlamentar, discutir os Planos e Orçamentos. O programa do Governo foi sufragado. Tem uma maioria relativa. O apelo que eu faço é ao sentido de responsabilidade dos partidos. Olhe, o Partido Socialista que teve um sentido de responsabilidade pela estabilidade. Foi partido do Governo 24 anos, foi agora derrotado. Percebe que o seu programa de Governo não foi o maioritariamente sufragado e, por isso, na minha humilde opinião, um partido que foi poder, que é mais do que um partido de oposição, um partido de alternativa, tem de ter, sobretudo, um sentido de responsabilidade para promover, em primeiro lugar, o interesse dos Açores e da reputação da nossa democracia e de estabilidade das legislaturas. Em segundo lugar, o próprio CHEGA tem também uma responsabilidade, porque cresceu e tem que ser elemento da solução e não do problema. E não pode – eu fui claro na campanha eleitoral – fazer chantagem porque eu não admito esta solução de chantagem”, completou.
O jornalista insiste se, não tendo maioria absoluta, a coligação PSD/CDS/PPM não vai tomar nenhuma iniciativa de ir ao encontro de uma solução, numa manifestação de “soberba”. José Manuel Bolieiro reagiu com firmeza: “Se há reconhecimento popular acerca do meu perfil de cidadão e de político, é que eu não tenho soberba alguma. Pelo contrário, sou reconhecido como humilde democraticamente. E de conversar, com certeza, para encontrar soluções de estabilidade. Agora, abdicar daquela que é a minha leitura que eu transmiti de forma cristalina na noite eleitoral do resultado (…). Só para, lembrar, foram 42% a votação na coligação que eu lidero. Em nove ilhas, seis ilhas deram vitória ao meu projecto político. São 13 concelhos em 19 municípios, são 106 freguesias em 155 freguesias. Portanto, não há dúvida que há uma expressão. O sistema eleitoral é o que é mas há uma expressão popular a favor do meu programa eleitoral”, concluiu.

Estabilidade do Governo de maioria relativa do PS com
votos contra do PSD em 1996

José Manuel Bolieiro afirmou, a dada altura, na entrevista à RTP3 que o PS/A “pode assegurar a compreensão do interesse regional, assumir o seu sentido de responsabilidade de que é um partido do arco governativo. Assumiu 24 anos o poder. Teve nestes 24, quatro anos de maioria relativa e foi estável porque estes partidos que representam, afinal, esta maioria relativa lhe concederam. E, portanto, eu penso que fica bem firmado para o eleitorado em geral, para o povo quem é que está do lado da responsabilidade e defesa do interesse dos Açores e quem tem só a vontade de ser um protagonista de terra queimada.”
Estas declarações do líder da coligação PSD/CDS/PPM à RTP3 provocaram uma forte contestação do Presidente do PS, Carlos César, secundado pelo líder do PS/Açores, Vasco Cordeiro e por outras dirigentes, entre os quais, Cristina Calisto.
Carlos César publicou ontem, na sua página do Facebook, um excerto do Diário das Sessões da Assembleia Legislativa Regional com a votação do programa do Governo de maioria relativa do PS em 1996, onde se lê que “o programa do VII Governo Regional dos Açores foi aprovado com 24 votos a favor do PS, 3 votos a favor do PP, 24 votos contra do PSD e registou 1 voto de abstenção do PCP”.
Ora, segundo Carlos César, afinal, o programa do Governo de maioria relativa do PS foi aprovado, mas com 24 votos contra do PSD, pondo em causa a declaração do líder social-democrata, José Manuel Bolieiro, ao dizer que o Governo do PS “teve nestes 24 anos, sendo 4 de maioria relativa, estabilidade, porque estes partidos que representam, afinal, esta maioria relativa, lhe concederam”.
O líder regional do PS, Vasco Cordeiro, reagiu ao post de Carlos César com a afirmação: “Assim não! Com mentiras não!”
O PS/Açores vai dar, pelas 10h00 de hoje, uma conferência de imprensa, na sua sede, em Ponta Delgada, para anunciar qual vai ser a sua posição face ao Governo de maioria relativa da coligação PSD/CDS/PPM.

Estabilidade do Governo de maioria relativa do PS com
votos contra do PSD em 1996

José Manuel Bolieiro afirmou, a dada altura, na entrevista à RTP3 que o PS/A “pode assegurar a compreensão do interesse regional, assumir o seu sentido de responsabilidade de que é um partido do arco governativo. Assumiu 24 anos o poder. Teve nestes 24, quatro anos de maioria relativa e foi estável porque estes partidos que representam, afinal, esta maioria relativa lhe concederam. E, portanto, eu penso que fica bem firmado para o eleitorado em geral, para o povo quem é que está do lado da responsabilidade e defesa do interesse dos Açores e quem tem só a vontade de ser um protagonista de terra queimada.”
Estas declarações do líder da coligação PSD/CDS/PPM à RTP3 provocaram uma forte contestação do Presidente do PS, Carlos César, secundado pelo líder do PS/Açores, Vasco Cordeiro e por outras dirigentes, entre os quais, Cristina Calisto.
Carlos César publicou ontem, na sua página do Facebook, um excerto do Diário das Sessões da Assembleia Legislativa Regional com a votação do programa do Governo de maioria relativa do PS em 1996, onde se lê que “o programa do VII Governo Regional dos Açores foi aprovado com 24 votos a favor do PS, 3 votos a favor do PP, 24 votos contra do PSD e registou 1 voto de abstenção do PCP”.
Ora, segundo Carlos César, afinal, o programa do Governo de maioria relativa do PS foi aprovado, mas com 24 votos contra do PSD, pondo em causa a declaração do líder social-democrata, José Manuel Bolieiro, ao dizer que o Governo do PS “teve nestes 24 anos, sendo 4 de maioria relativa, estabilidade, porque estes partidos que representam, afinal, esta maioria relativa, lhe concederam”.
O líder regional do PS, Vasco Cordeiro, reagiu ao post de Carlos César com a afirmação: “Assim não! Com mentiras não!”
O PS/Açores vai dar, pelas 10h00 de hoje, uma conferência de imprensa, na sua sede, em Ponta Delgada, para anunciar qual vai ser a sua posição face ao Governo de maioria relativa da coligação PSD/CDS/PPM. J.P.

J.P.

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