Os seniores que frequentam as valências da Misericórdia da Ribeira Grande, festejaram na passada Terça-feira, de forma alegre, as estrelas, tradição muito arraigada no Concelho, que tem Nossa Senhora da Estrela como padroeira.
Tratou-se de um momento intensamente vivido, que lhes permitiu reviver outros tempos com as folias próprias da época, não faltando um grupo típico de cantar às estrelas, o que emocionou alguns dos utentes.
Na eucaristia mensal, neste mês dedicada à Senhora da Estrela, o capelão da Misericórdia teve a preocupação de descodificar a linguagem semítica da apresentação do Menino Jesus no Templo de Jerusalém por Maria e José, sendo recebidos pelo profeta Semião nos pórticos da casa da Arca da Aliança, em que seus pais O resgataram, em troca de 2 rolas, por ser o filho varão da família e, desta forma, trazerem-no de volta a Nazaré.
Na sua prelecção o padre Manuel Galvão disse que a estrela era aquele menino nos braços da Virgem-Mãe, pois em todo o tempo ela aponta para que sigam e façam o que o filho disser, sendo esta festividade um momento marcante do cristianismo desde tempos imemoriais, em que Jesus se revela, primeiramente a Semião, que intrepidamente aguardava o Messias, e também às nações e é a glória de Jerusalém
Depois da eucaristia, animada liturgicamente pelo corpo dos técnicos da Santa Casa, foi servido o almoço aos utentes, onde o grupo de cantares às estrelas, com violas, ferrinhos, pandeireta e tambor, irromperam na sala para espalhar alegria e boa disposição, com os cantares próprios desta festividade, cujo refrão elogiava a Virgem Maria: Ó Senhora da Estrela/Tu que és a nossa guia/ilumina o meu caminho/seja de noite ou de dia.