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Santa Clara começa a luta pela Primeira Divisão

A equipa de Sub-19 (Juniores) do CD Santa Clara inicia hoje a terceira participação na segunda fase de apuramentos do campeão nacional da Segunda Divisão e de subida à Primeira. Está inserida na Zona Sul, com as equipas do Tondela, vencedora da Série C com 15 vitórias, 2 empates, 1 derrota, 49-10 nos golos; do Mafra, primeiro da Série D com 13 vitórias, 3 empates, 2 derrotas, 37-12 nos golos; do Real Massamá, segundo da Série D com 8 vitórias, 7 empates, 3 derrotas, 29-20 nos golos; do Quarteirense, que ganhou a Série E com 12 vitórias, 3 empates, 3 derrotas e 39-15 nos golos e do Casa Pia, segundo da Série E com 10 triunfos, 7 empates, 1 derrota e 46-17 nos golos marcados e sofridos.
Alteração recente coloca as equipas campeãs dos Açores sempre na série mais próxima do aeroporto de Lisboa (Sul). Até há três anos alternava com o campeão da Madeira a inclusão nas séries Norte e Sul.
Desde que esta administração assumiu o controlo da SAD do CD Santa Clara, um dos vários propósitos é o de colocar a equipa de Sub-19 na Primeira Divisão nacional. Por isso houve uma transferência de poderes do clube para a sociedade, porque nas provas associativas de formação não podem alinhar jogadores com contratos profissionais e a equipa tem vários atletas com aquele estatuto.
Entre seis clubes concorrentes em cada série subirem os três primeiros não deveria apresentar uma dificuldade muito elevada para o campeão dos Açores. Mas à excepção da época passada, com um Lusitânia tendo apenas três jogadores terceirenses no plantel, nunca se concretizou. E não se concretizou porque as nossas equipas, com jogadores formados na Região, não tiveram capacidade para serem uma das seis melhores equipas das doze que competem nesta fase da Segunda Divisão.
96 DERROTAS EM 132 JOGOS: Até à época de 2021/22, nas 17 edições completas e uma incompleta, devido à pandemia, em 132 jogos, as 10 equipas campeãs destas ilhas ganharam somente 12 jogos, empataram 25 e perderam 96. Apontaram 115 golos e sofreram 315.
O Lusitânia alterou o procedimento em 2021/22, visando atingir o principal escalão. Contratou vários jogadores de clubes continentais e estrangeiros, mas não surtiu efeito na Segunda Divisão. Em 6 jogos só empatou dois, marcou 8 golos e consentiu 19. Foi sexto e último na zona Sul.
Na época passada formou uma equipa com um maior número de jogadores com mais ritmo e intensidade de jogo, vindos do exterior, mas desde o início da época. Sagrou-se campeã regional com vitórias nos 4 jogos. Com acertos pontuais a prestação na Segunda Divisão saldou-se por 6 vitórias, 1 empate, 3 derrotas, 24 golos marcados e 14 sofridos. Classificou-se em 2.º lugar e possibilitou a uma equipa dos Açores estar pela primeira vez na Primeira Divisão. Terminou a primeira fase na zona Sul em 10.º lugar (5V5E12D22/33 golos). Vai lutar pela manutenção na segunda fase. Destacaram-se alguns jogadores, entre os quais o único açoriano (Leonardo Ponte) que jogou com regularidade. O avançado de 18 anos Nilton Cardoso, contratado ao Linda a Velha, ao apontar 6 golos em 17 jogos, foi agora assegurado pelo Sporting.
SANTA CLARA PRETENDE seguir o mesmo caminho, até porque é de dois o limite de clubes na Primeira Divisão. Com uma equipa que contou na maioria dos 12 jogos do campeonato local e dos 4 do “regional” com os atletas forasteiros Martim Madeira e Tiago Queirós (Gonçalo Antunes contraiu lesão grave), sagrou-se campeã.
O risco é da profunda alteração entre o final das provas açorianas e o “nacional”. Entraram os avançados Anderson Gomes (Alverca), Cristian Silva (Clube Regatas Brasil), Gonçalo Semedo (Paços Ferreira), os defesas Abrahaim Flomo (Alverca), Erik Eleutério e Eduardo Miguel (ambos do Flamengo) e o guarda redes Miqueias (Ibrachina FC). Teve o treinador Luís Gamboa oportunidade de entrosar uma equipa com tantas entradas e já com um modelo de jogo definido? Não seria melhor estes jogadores ou outros terem vindo no início da época? E o que farão os atletas locais que contribuíram para os títulos? Não poderia ter a equipa sido inscrita nas Taças Dorvalino Barreto e de S. Miguel para os jogadores que ficarão de fora continuarem a jogar?
Estas perguntas são pertinentes e levam-me a colocar a palavra risco face ao pouco tempo de preparação com os novos jogadores, mesmo com o mini estágio no Continente, com os jogos seguidos frente aos juniores do Alverca, da Primeira Divisão (0-2), do Alverca B, líder da Série C do Campeonato de Portugal (0-2) e dos juniores do Casa Pia (0-4), que são adversários nesta fase que o Santa Clara procura atingir o primeiro nível em Sub-19.
A estreia do Santa Clara nesta fase foi em 2010/11, terminando os 6 jogos com 1 ponto e em 2012/13, já com 6 equipas e 10 jogos, conseguiu duas vitórias e 2 empates.
CARICATO ter assistido, assim como milhares de pessoas através da televisão, ao inglório esforço de um funcionário do parque desportivo a tentar retirar a água de uma poça no relvado do estádio de São Miguel com um rodo de cozinha. Bem tentou o popular e ex-jogador Mafu, mas a largura da banda de borracha era demasiado pequena para a quantidade de água.
Uma estrutura como a do estádio tem de dispor de mais do que um rodo de limpeza de água apropriado para aquelas circunstâncias.
NÃO É PARA LEVAR A SÉRIO um campeonato que é interrompido por causa da folia do Carnaval. Acontece mais uma vez na prova que se pretende seja a “rainha” do futebol açoriano. Evoluir com estes pensamento e procedimento é impossível.

José Silva

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