No dia de São Valentim, a esmagadora maioria dos casais, de todas as idades, aproveitam para expressar o seu amor. Seja através de uma noite romântica, através de ofertas ou de gestos carinhos, o dia 14 de Fevereiro é sinónimo do palpitar de muitos corações, ramos de flor e chocolates. Mas também de joias, lingerie e perfumes. O Correio dos Açores falou com lojistas e com casais, estando o amor no centro de todas as conversas.
Os casais costumam, neste dia especial, celebrar o amor vivido entre eles. Seja em casa, num hotel, num alojamento local, num restaurante ou a dar um passeio o desejo é sempre o mesmo: celebrar o amor entre duas pessoas que se gostam.
A hotelaria prepara, neste dia, pacotes promocionais atractivos para apelar também ao cliente local. A grande maioria das unidades hoteleiras teve a lotação praticamente esgotada neste dia, com hóspedes locais e turistas que se encontravam já hospedados. O pacote que tem tido mais saída é o que inclui jantar e estadia no hotel. Embora estejam disponíveis outras promoções, como só jantar ou só estadia, a junção dos dois continua a ser a mais procurada, uma vez que permite ao casal não ter que se descolar do local onde vão pernoitar para fazerem a sua refeição. O facto de poderem usufruir de outras comodidades dos espaços, como, por exemplo, piscina aquecida, zona de spa e ginásio, também é algo que os casais têm em conta quando fazem uma marcação numa unidade hoteleira.
As ofertas mais comuns neste dia de São Valentim são flores e chocolates. Contudo, as prendas têm variado ao longo do tempo, apesar de ainda se comprar muitas flores e chocolates, já começa a ser habitual entregar ou receber outro tipo de ofertas como peças de joalharia, anéis e colares, relógios e perfumes, consoante o poder de compra de cada um.
“Vendemos muitos colares, alguns anéis e este ano temos vendido muitas peças personalizadas. Temos vendido também a maior parte das peças com o cristal quartzo de rosa que é alusivo ao amor”, disse ao Correio dos Açores uma vendedora de joalharia que tem a sua loja no Centro Comercial Sol Mar.
Por sua vez, a dona do popular quiosque Marcinha, enquanto fazia um novo buquê, disse que “Já vendi tudo o que tinha exposto. Felizmente tenho algum stock e vou fazer mais buquês porque tem-se vendido bem”.
“O que se tem vendido mais, quer na véspera quer mesmo no dia, é a lingerie alusiva ao São Valentim. Tem três cores: vermelho, preto e rosa, mas o rosa não se tem vendido muito. São senhoras entre os 35 e os 45 anos que querem surpreender os seus ‘mais que tudo’. Também temos alguns clientes homens que compram, mas são maioritariamente as mulheres a comprar”, afirmou a lojista de uma conhecida marcade roupa interior, no Parque Atlântico.
Diferentes faixas etárias
significam diferentes planos
A faixa etária onde se encontra o casal define muitas vezes o que se faz neste dia.
A maioria dos casais mais jovens, com idades compreendidas entre os 20 e os 30 anos, que foram questionados pelo Correio dos Açores prefere ir para um hotel. “Assim podemos estar à vontade. E depois ainda tem o jantar de hoje e o pequeno-almoço de amanhã”, afirmou o casal André e Sara.
Para o Pedro e a Raquel, a escolha do hotel passa por saber se tem “ginásio ou piscina interior. Temos que aproveitar o que nos podem oferecer neste dia”.
Hugo e Mariana aproveitam o dia “para estarmos à vontade. Como não vivemos juntos ainda, aproveitamos os pacotes que os hotéis oferecem e podemos passar a noite juntos”.
Quando o casal já vive junto, normalmente prefere passar a noite em casa. Esta é essa a opinião da maioria dos casais que foram inquiridos pelo Correio dos Açores.
“Vamos preparar um jantar a dois em casa, com comida especial, e, depois, vamos ver o que acontece. Não gostamos muito da confusão que existe nestes dias com os restaurantes cheios e com os hotéis a abarrotar”, afirmaram Rúben e Teresa.
“Nestes dias há sempre gente em todo o lado. Restaurantes cheios de pessoas a fazer barulho e os hotéis também. Preferimos ficar por casa ou então fazer uma viagem”, disseram Miguel e Ana.
“Quando se tem filhos, especialmente se forem pequenos, fica complicado fazer grandes planos nesse dia. Tentamos aproveitar sempre mas a prioridade é o nosso filho”, assumem Leila e Fábio, que foram pais há pouco tempo.
“Este ano não vamos fazer nada de especial. Ainda para mais, calhou na altura do Carnaval, pelo que devemos de ficar por casa com o nosso filho a ver um filme ou uma série. Fica um pouco difícil fazer planos para passar a noite fora ou algo do género quando se tem um menino pequeno”, contaram Diogo e Susana.
“Este é um dia que está muito comercial”, começou por afirmar Manuel, casado com Lídia há 38 anos. “Devemos celebrar o amor todos os dias e não só hoje. Não serve de nada estarmos hoje com gestos românticos e cheios de carinho e amanhã andarmos aos insultos e cada um para o seu lado. O amor é algo que deve ser regado todos os dias”, disse a sua esposa Lídia, concluindo depois: “já temos os nossos filhos criados. Vamos jantar como fazemos sempre e depois vamos ver televisão. Não gostamos da confusão nem de tudo o que se criou à volta deste dia. Há muita falsidade disfarçada de amor”.
Frederico Figueiredo