O cabeça de lista pelos Açores da Aliança Democrática (AD) à Assembleia da República, Paulo Moniz, considerou ontem “absolutamente prioritário” a alocação de verbas para a ampliação da pista do Aeroporto da Horta, no âmbito dos fundos comunitários disponíveis, coisa que o Governo da República nunca fez.
O candidato social-democrata para as eleições de 10 de Março falava aos jornalistas, no Aeroporto da Horta, na sequência de um conjunto de dúvidas levantadas pelo anúncio dos investimentos previstos pela entidade gestora ANA/Vinci, adiantadas pelo Tribuna das Ilhas, que pode eventualmente implicar a redução da pista do Aeroporto da Horta. Paulo Moniz adiantou que, neste momento, aguarda-se a conclusão do projecto para a obra de ampliação, concertada com o Governo da República, cujo concurso público para o lançamento da empreitada previsivelmente será em 2025.
Daí que, a seu ver, “o que importa hoje é que se garantam as verbas para a realização da obra que o Governo da República do Partido Socialista não inscreveu no PO2030”, vincou. “Aqueles que hoje dizem que querem reuniões, querem requerimentos e chamar ministros, são aqueles que nada fizeram nos oito anos que foram Governo, nada disseram e se mantiveram em silêncio absoluto”, disse. O social-democrata condenou a atitude dos socialistas António Costa e Pedro Nuno Santos, “que diziam haver verbas dos fundos comunitários”, sabendo que “não só não alocaram verbas nos planos estruturais da União Europeia, como excluíram objectivamente o Aeroporto da Horta e os outros aeroportos dos Açores concessionados à ANA/Vinci”, perante o silêncio de Francisco César. Paulo Moniz lembrou ainda que, o candidato socialista, Pedro Nuno Santos, enquanto deteve esta pasta como Ministro das Infraestruturas, “nada fez em concreto nem salvaguardou esta matéria”, lamentou.
Paulo Moniz recorda que “cabe ao Governo da República a responsabilidade, em nome do Estado, de fazer cumprir a concessão dada à ANA/Vinci para o Aeroporto da Horta”, garantindo que, enquanto deputado na Assembleia da República, dará entrada de um conjunto de perguntas por escrito ao Primeiro-ministro, que tutela as infra-estruturas actualmente, para esclarecer o assunto.