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Do meu olhar!: Um ano bissexto para esquecer!

  1. Episódios. Isto é um embrulho de campanhas eleitorais que desfaz a seriedade da política. As campanhas têm vários matizes consoante os candidatos e os seus programas, a imagem que apresentam e vendem, a capacidade de comunicação, que falhou em muitos campos e as habilidades e simpatias dos jornalistas e dos inúmeros e fastidiosos comentadores que de independentes não têm nada ou quase nada! Há dias vi um programa de informação da CNN que bradava aos céus para quem estivesse com atenção principalmente no que se refere às imagens dos dois partidos nacionais que lutam pelo lugar de primeiro-ministro com tendências que podem parecer maldosas ou não, em relação às ações de campanha de Pedro Nuno Santos e de Montenegro com nítida vantagem para as de PNS. É evidente que qualquer um deles poderá ascender ao poder e até governar bem, só que dificilmente o povo, muito escaldado com episódios anteriores, dará uma maioria para se governar com segurança e estabilidade. Começam então as conversações e as negociações e aí a esquerda é mais ardilosa e mais sorrateira! A ver vamos.
    Nos Açores já vamos mais adiantados com Bolieiro já indigitado, os deputados já empossados e o presidente da Assembleia eleito sem espalhafatos! Resta agora saber o resultado do episódio que se segue que é a difícil escolha que Bolieiro fará do governo para os Açores sabendo ele que lhe falta 3 deputados para conseguir a maioria necessária para ter um Orçamento aprovado e, ao mesmo tempo, com gente do escol partidário à espreita de um lugar ou de um espaço que lhes permita governar nos bastidores ou influenciar as decisões de Bolieiro e das suas escolhas para as diversas Secretarias e respetivos gabinetes. Mesmo sabendo que Bolieiro é um habilidoso negociador, ele terá que contar com aqueles, do estilo, que hoje dizem uma coisa e amanhã dizem outra ou então apresentam propostas que não cabem no orçamento regional e muito menos nos programas eleitorais! Os Açores precisam de estabilidade e de sossego mas não a qualquer preço e muito menos com caras que possam assustar o eleitorado! E se for com um ambiente de ameaças permanentes, a nosso ver, mais vale marcar eleições para daqui a poucos meses.
  2. Justiça. A Justiça em Portugal está a passar por um mau bocado. Já não bastava o intricado processo de José Sócrates e o dos aproveitadores e habilidosos gestores da banca em Portugal, o puzzle que obrigou António Costa a pedir a sua demissão com todas as consequências que dali advieram e com o autêntico espalhafato das detenções da Madeira e episódios subsequentes. O Ministério Público parece que trabalha bastante e manda investigar cada vez mais mas, pelos vistos, nem todos os Juizes estão de acordo com tais despachos por muito longos e adjetivados que sejam. Surgiram agora sérias críticas de eminentes figuras da Justiça em Portugal e é por isso que o novo governo a ser eleito a 10 de Março terá a obrigação de clarificar toda esta postura e ponderar na alteração dos códigos e leis que enformam a máquina judicial portuguesa por muito boa que seja e por muito receio que levante nos poderes instituídos. A convicção não pode substituir a verdade e os procuradores e juizes devem ser cada vez mais selecionados e avaliados. Neste capítulo concordo com o que escreveu o diretor deste jornal, Américo Viveiros, no seu editorial de 4 de Fevereiro que afirma que “ mantemos como urgente uma revisão dos poderes e deveres dos Órgãos do Estado, e sendo o Ministério Público um órgão dependente do Governo, é de ponderar que os Procuradores do Ministério Público passam a ser eleitos por voto popular no respetivo círculo, pelo período de quatro anos.”
  3. Romeiros. Ninguém tem dúvidas da valiosa herança que recebemos da velha tradição cristã dos nossos romeiros na Quaresma, a calcorrearem as estradas, caminhos e vielas da nossa ilha carregando as suas dores e as dos seus familiares e amigos e de todos os crentes que suplicam uma oração por intenções pessoais e pelo mundo, nesta quadra propícia ao deserto, à peregrinação, à oração, à esmola e ao sacrifício, à conversão e à reconciliação na permanente escuta do silêncio, esta escuta que é o verbo mais utilizado na Bíblia, nesta sublime caminhada que envolve estes homens de fé, cujas orações ecoam por ribeiras e escarpas, atalhos e ladeiras, paisagens de sonho e vistas de perder o fôlego e de levantar a voz timbrada da oração dobrada e até cansada! É preciso que este Movimento, na sua penitência ancestral, no seu exemplo e na sua vivência entre o céu e a terra, não perca nunca essa luz que brilha, sem intromissões e sem labaredas, e suba ao monte santo do deserto da vida que nos acolhe e nos anima como irmãos que somos. Até o nosso bispo D. Armando dirigiu 12 intenções para as Romarias deste ano evocando os sem abrigo e sem habitação, os que caíram nas garras das sintéticas, os velhinhos e os lares que os acolhem, não esquecendo a Insularidade e a unidade das 9 ilhas e pedindo também pelo frutuoso trabalho do novo governo dos Açores e de todos os que administram o bem comum.
  4. As viagens. Habituados às frequentes viagens da RYANAIR e aos preços convidativos, a nossa gente ficou desarmada e tem de se restringir aos voos existentes dado que aquela conhecida companhia no Inverno só faz dois voos com a agravante de ter retirado a sua base, deixando 50 pessoas no desemprego! Foi uma péssima negociação, se a houve! Agora as queixas são quase diárias, a última das quais partiu dos representantes do Alojamento Local que vêem os seus investimentos prejudicados e, pior ainda, o setor de Rent-a-Car que, preocupados, viram uma drástica redução na ordem dos 50 por cento. Apesar de alguns estudiosos bem intencionados virem acalmar as hostes dizendo que quase tudo fica na mesma, mas nunca é a mesma! Qual mesma? O HOSPITAL DO DIVINO ESPÍRITO SANTO recebeu a sua quinta ACREDITAÇÃO Internacional pelo CHKS. Deste modo o nosso maior HOSPITAL mantém o estatuto de Entidade Acreditada nos Açores, obtendo o reconhecimento de ser uma Instituição que tem como principal objetivo elevados padrões de qualidade na área da gestão e organização. Os cidadãos estão cientes que médicos e enfermeiros e todos os outros colaboradores são empenhados e competentes. Não restam dúvidas! Só lamentam as fastidiosas e tormentosas listas de espera para consultas, exames e cirurgias. E que são absolutamente inconcebíveis. É pena não figurarem nos parâmetros de avaliação! Só isso. Eduardo de Medeiros
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