Divisa Maior!
Vergonha!
Palavra forte e recorrente em exacerbados discursos.
Resposta corajosa de genuíno e coerente social – democrata.
Vergonha é não respeitar o voto soberano do povo.
Determinado partido de Portugal liderado por um anterior militante social – democrata, que depois de ter tido uma conversa com Deus, Este lhe encarregou de Salvar a Pátria Lusa de Deus, Pátria e Família do Estado Novo, que voltou a estar ameaçada de comunistas e socialistas, tal como tinha acontecido nos anos trinta do século passado.
Pátria que se tornou uma “lixeira” de corruptos a começar pelos preguiçosos do rendimento mínimo, dos ciganos, da migração indigente, e só depois lá vêm alguns milionários já com processos em adiantadas fases de investigação.
Compreensível tal postura. No quadro de apoiantes estão alguns “donos disto tudo”.
E lá vem a peremptória frase dos políticos são todos uma “cambada de corruptos”.
Há que acabar com este Sistema. Urge instaurar uma nova República dotada duma Constituição onde os portugueses de bem se revejam.
Durante a vigência do Estado Novo, jamais casos de corrupção com esta amplitude existiam, porque a justiça era implacável, enfatizam os paladinos da “Nova Ordem”.
Esquecem de salientar que num regime autoritário, com era o do Estado Novo, a falta de liberdade de expressão e a inexistência de organismos independentes de controlo e investigação terão contribuído para a criação dum ambiente propício à existência de enorme corrupção.
Hoje sabe-se que o poder económico e financeiro estando concentrado nas mãos de poucas famílias e duma elite industrial e agrária que tinham todo o apoio estatal, ocorreram inúmeros casos de corrupção que se estendiam às antigas colónias de África.
Agora não de Timor às Flores. Porque os “vermelhos” reunidos no 25 de Abril de 1974 e nos meses subsequentes, se encarregaram de entregar as antigas colónias do Império aos soviéticos e demais comparsas.
Mas do Minho às Flores. Sim porque as ilhas atlânticas também são Portugal.
Nos seus discursos na cervejaria de Munique Adolfo Hitler usou a frase “limpar a Alemanha”, vezes sem conta até os alemães a interiorizarem.
Durante o regime nazista o termo “limpeza étnica” foi amplamente utilizado.
Diversos grupos étnicos deveriam ser perseguidos, exterminados ou forçados a abandonar o país.
Contudo, o bom senso conduz a concluir-se que qualquer tipo de discurso ou acção que implique a ideia de “limpar” um país é de difícil aceitação e contraria os princípios da igualdade, diversidade e respeito pelos direitos humanos.
Nunca é demais afirmar-se que qualquer nação é composta por uma diversidade de pessoas de diferentes etnias e culturas quer religiosas ou sociais, que só contribuem para a sua riqueza e identidade.
Torna-se imperativo promover a harmonia, a convivência pacífica e a igualdade de oportunidades para todas as pessoas. Só assim uma sociedade é saudável.
Deve-se promover uma política que contrarie o jargão de “limpar” um país ou qualquer grupo de pessoas, em vez disso, deve-se trabalhar para construir uma sociedade inclusiva, justa e respeitosa.
Uma terra de fortes convicções cristãs como a Açoreana, das Romarias Quaresmais, das Festas da Partilha do Espírito Santo e das Grandiosas Solenidades do Senhor Santo Cristo dos Milagres, não pode embarcar nesse desprezível discurso populista de raiz nazi, de “Os Açores estão a precisar duma grande limpeza”.
“Quem não quiser ser lobo que não lhe vista a pele”.
Se bem que lá vão vestindo a pele de cordeiro, seduzindo jovens via tik-tok.
Não é com discursos de ódio, de ressentimento e de medo que se resolvem problemas.
A promoção de uma ideologia de superioridade racial característica do regime de Hitler, resultaram no Holocausto, que custou a vida de milhões de pessoas, incluindo judeus, ciganos, homossexuais, deficientes físicos e outros grupos considerados indesejáveis.
Hitler e o seu Partido Nacional – Socialista foram responsáveis por um dos períodos mais negros e sombrios da história.
Inicialmente as politicas de Hitler, corria o ano de 1933, foram bem vistas e aceites pelo regime do Estado Novo.
Jovens da juventude hitleriana visitavam Portugal e ajudaram a fundar a Mocidade Portuguesa.
Desfilavam lado a lado sob a Presidência de sua Excelência o Presidente do Conselho.
A promoção de qualquer palavra do tipo “limpeza” só pode vir a ser associada a etnia, genocídio ou intolerância.
Hitler foi um exímio populista, gesticulava e gritava, dizia o que todos gostavam de ouvir. A palavra “limpar” era recorrente nos seus inflamados discursos.
Outra palavra muito comum nos seus arrebatados discursos era “corrupção” e a elite financeira judaica.
O partido Nazi começou por ser minoritário e só entrou para o governo em coligação, nomeadamente com o partido social – democrata.
Eliminou os seus parceiros e tornou-se o único líder do poderoso III Império Alemão.
Ter memória histórica talvez seja a melhor vacina para combater os renascidos Autocratas, deste nosso tempo e de todos os tempos.
António Benjamim