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“Algumas pessoas entram só para namorara marca, em especial mulheres que sonham ser mães”, afirma a proprietária da LC Boutique

Correio dos Açores – Pode falar um pouco sobre o percurso que a levou a abrir a LC Boutique? Linda Cipriano – A LC Boutique surgiu através da minha paixão por esta área. Comecei na Stradivarius do Parque Atlântico, onde trabalhei durante quase 13 anos. Foi uma experiência muito boa e foi lá que aprendi tudo, desde o atendimento ao cliente à coordenação e caixa. Sempre tive o sonho de abrir a minha própria loja e quando surgiu uma proposta, agarrei logo e avancei com esta ideia de negócio. A LC Boutique começou pouco antes da pandemia. Como foi esse percurso? Inicialmente não começamos nesta localização (Rua Conselheiro Dr. Luís Bettencourt de Medeiros e Câmara), mas sim nua rua mais escondida, na antiga rua do Valverde e actual Manuel Inácio Correia. Mas, poucos meses depois disparou a covid-19 e fomos obrigados a fechar tudo. A experiência de fechar logo após abrir foi um risco, mas não desisti. Não cruzei os braços e, mesmo em tempos de pandemia, entreguei encomendas a casa das senhoras porque as minhas clientes não podiam ficar sem as suas peças. Como os bebés a nascer, não podiam ficar sem os seus enxovais e foi isso que me fez continuar. Também foi nesta altura, quando ainda estávamos com a loja fechada, que surgiu a hipótese de vir para esta rua. Ou seja, na pandemia surgiram oportunidades que não podia desperdiçar. Parta além do espaço em si, esta localização é muito importante e a loja tem sido um grande sucesso. A marca Laranjinha … A loja chama-se LC boutique, mas é muito conhecida pela Laranjinha, uma marca nacional muito conceituada que existe desde 1981. Conheço muitas pessoas que vestiram os seus bebés e hoje são avós e continuam a vestir os seus netos com as peças da Laranjinha. Quando vêem à loja tocam, sentem as peças e recordam-se… Para mim, esta parte é muito gratificante. A Laranjinha não existe em São Miguel há muito tempo, mas muitas pessoas compravam no continente para os filhos. E agora continuam a comprar a marca para os netos, mas já o fazem cá, na LC Boutique. No entanto, não vedemos apenas Laranjinha. Somos uma loja multimarcas que visa acompanhar a criança desde o seu nascimento até aos 18 anos, tanto na área casual, como na área de cerimónias. Prezamos muito aquilo que é nosso, desde o vestuário infantil às roupas de cerimónia. Apesar de termos introduzido duas novas marcas espanholas, a ‘Niseret’ e a ‘Nova Drima’, o nosso conceito continua o de valorizar sobretudo aquilo que é nacional. Tive um apoio do Loja + e o projecto em si foi criado com o intuito de ser algo inovador para a Região. Inovador porque vemos cada vez menos o produto nacional na Região e é importante que existam lojas que preservem isso. Quando pensei nesta ideia de negócio, a minha prioridade foi esta, ser algo diferente, inovador e que permita que as pessoas possam ter algo diferenciado pois valorizam a qualidade das marcas portuguesas.Sente que os açorianos valorizam mais as marcas nacionais? Sim. Não apenas os açorianos residentes, mas também os nossos emigrantes. Eles valorizam muito o nosso produto e sempre que vêm cá visitam a nossa loja. O turista também procura por curiosidade, por serem peças diferentes e únicas e o facto de ser um produto com qualidade. Principalmente, o turista reconhece o algodão português como um produto de qualidade. Por exemplo, a Laranjinha preza muito por esta parte com peças 100% de algodão e com características antialérgicas e como muita qualidade. Mesmo depois de muitas lavagens, as peças mantêm-se para os próximos filhos se forem bem cuidadas. Qual tem sido o volume de negócios? Tem vindo a crescer. Se é dado por fases, agora chegou a fase das cerimónias. Temos tido um maior fluxo, principalmente aos fins-de-semana que é quando as pessoas estão em casa com as crianças. Em termos gerais, está a correr bem.A questão da sazonalidade com a época de cerimónias é determinante para o negócio? Agora tem havido mais fluxo devido às cerimónias, mas a sazonalidade não é um problema. Para além da roupa casual, também temos enxoval de criança e os bebés nascem todo o ano. Temos uma secção no andar de cima dedicada à puericultura, ou seja, berços, quartos de cama, carrinhos, cadeiras auto, cadeiras e poltronas de amamentação, cadeiras de alimentação, etc. Temos tudo o que é necessário, quer para a mãe, quer para o recém-nascido. Depois, temos a roupa casual e a linha de festa para baptismos e comunhões, por exemplo. Para além disso, também temos alguns artigos para senhora. Para si o que é mais importante na LC Boutique? Preservo acima de tudo o carinho e a empatia para com o cliente. O poder ajudar e partilhar com ele estes momentos que fazem parte de ter uma criança, como deixar os seus meninos e meninas fantásticos para uma ocasião muito especial, um momento único das suas vidas. Esta partilha e carinho dos nossos clientes é algo muito reconfortante. Algumas pessoas entram só para namorar a marca porque acham a loja muito apelativa, em especial mulheres que sonham ser mães e dizem que quando tiverem os seus filhos vão comprar peças na nossa loja. E o melhor é que isso acontece mesmo. É algo que nos deixa muito felizes. Acima de tudo estou muito grata por as pessoas estarem a gostar e por apoiarem o nosso trabalho. Quero agradecer imenso pelo carinho que me têm dado todos os dias e por valorizarem aquilo que é nosso.

Daniela Canha

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