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Liberdade Financeira

Se estás a ler isto, é provável que, tal como eu, desejas alcançar a tão sonhada liberdade financeira. Chegar a um ponto em que o dinheiro já não é uma preocupação, mas um aliado para viveres a vida segundo os teus próprios termos. Mas, afinal, como se chega lá? Vamos desmistificar este conceito e traçar um caminho possível para que também tu possas começar a tua caminhada rumo à independência financeira.
Primeiramente, é necessário entender o que significa, de facto, a liberdade financeira. Aqui podemos ter duas perspetivas:
Numa visão mais subjetiva, é a capacidade de viver a vida sem que o dinheiro seja um problema. Deixar de trabalhar para sobreviver! É poder decidir trabalhar no que gostas, não porque precisas do salário no final do mês, mas porque te realiza. É ter a liberdade de escolha.
Outra visão mais prática define a liberdade financeira como um conceito ainda mais profundo e sustentável: viver dos rendimentos dos nossos investimentos, sem nunca ter de tocar no capital inicial investido. Imagine a liberdade financeira como uma galinha que, ao invés de a comeres de imediato, decides cuidar dela e alimentá-la, para que, ao longo do tempo, ela te agradeça com os seus ovos. Estes ovos representam os rendimentos dos nossos investimentos, dos quais podemos viver sem comprometer a “galinha”, ou seja, o capital inicial.
A meta para atingir essa sustentabilidade financeira pode ser quantificada através de uma fórmula amplamente discutida no meio académico e financeiro, conhecida como a “regra dos 300” em Portugal, ou a “regra dos 25” nos Estados Unidos. Esta regra foi popularizada por estudos realizados pela Universidade de Trinity, sugerindo que um indivíduo ou família necessita acumular um capital investido equivalente a 300 vezes o seu custo mensal de vida para atingir a liberdade financeira.
De acordo com esta formulação, assumindo uma rentabilidade média anual de 8% sobre os investimentos, seria possível retirar 4% ao ano para cobrir os custos de vida sem tocar no capital principal. Destes 8%, metade (4%) serviria para compensar a inflação, preservando assim o poder de compra do capital ao longo do tempo, enquanto os restantes 4% seriam utilizados para sustentar o estilo de vida do investidor.
Por exemplo, se os teus custos mensais rondam os 1000€, pela “regra dos 300”, precisarias de ter 300.000€ (1000€ x 300) investidos de forma a gerar rendimentos suficientes para cobrir estas despesas sem nunca precisar de reduzir o montante principal. Neste caso 8% de 300 000€ geraria de retorno 24 000€ anuais, sendo que 12 000€ serviriam “alimentar” o investimento inicial e fazer face à inflação e os outros 12 000€ para cobrir os teus custos mensais, pois, se dividires este valor pelos 12 meses do ano, terás exatamente os 1000€ por mês, que é o que tanto precisas para sobreviveres. Isto significa que a tua galinha (o capital investido) continuaria a produzir ovos (rendimentos) suficientes para sustentar o teu modo de vida, permitindo-te viver livremente sem a preocupação de esgotar os teus recursos financeiros.
É engraçado que, quando as pessoas aprendem esta fórmula, ficam surpreendidas com o tão fácil que parece ser alcançar a liberdade financeira. Isto acontece porque este conceito transcende a simples ideia de acumulação de riqueza.
Trata-se de construir e manter um ecossistema financeiro pessoal que te sustente indefinidamente. Para isso, é essencial investir inteligentemente, optando por produtos de investimento que ofereçam um equilíbrio saudável entre risco e retorno e que sejam capazes de gerar rendimentos consistentes ao longo do tempo.
Por fim, vale a pena lembrar, que és tu quem deve definir o que é para ti ser financeiramente livre. Podes fazer a mesma fórmula, mas com base num valor superior aos teus custos, para assim, aumentares a tua qualidade de vida. Ou decidir que o que queres realmente é ter, pelo menos, um milhão na conta bancária. Tu é que decides! O importante é que definas exatamente quanto dinheiro seria suficiente para atingires essa liberdade e que faças um plano concreto e detalhado para lá chegar!

Emanuel Teves

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