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Do meu olhar!: Os mandamentos da política!

  1. POLÍTICA CASEIRA. Há por aí uma mistura de sentimentos e de efervescência e algum desalento com a nossa política doméstica enquanto avançou desmesurada a campanha eleitoral para o Parlamento de Lisboa, lá para os lados de São Bento. Governo dos Açores empossado, sem grande pompa nem sequer circunstância, agora cumpre o prazo de 10 dias para apresentação do PROGRAMA do GOVERNO da Região para o corrente ano ou pelo prazo que os deputados quiserem! Não está fácil a vida política nos Açores , mas o povo assim ordenou sem pensar nas consequências que poderão originar eleições antecipadas , com uma previsível e necessária clarificação do equilíbrio partidário .
    Ninguém entendeu bem, a não ser o presidente Bolieiro, a organização deste novo (quase velho), governo apresentado aos deputados representantes do nosso povo em eleições recentes. Artur Lima, por exemplo, continua com a Ciência e Tecnologia e fica agora com a COOPERAÇÃO EXTERNA E ECONÓMICA e também com as COMUNICAÇÕES e Transição Digital. É preciso que o povo saiba o que é a nova estratégia chamada “COOPERAÇÃO EXTERNA E ECONÓMICA“ e que áreas abrange as “ COMUNICAÇÕES “, imprescindível numa Região Arquipelágica e ultraperiférica como a nossa! Nomes pomposos para uma estratégia carregada de bruma, num clima que em muito define o viver insular!
  2. ELEIÇÕES NACIONAIS. Hoje estamos (escrevo a 7 deste Março) em dia de reflexão e por isso os comentários devem ser contidos. Vou apenas deixar aqui registados os MANDAMENTOS que o povo destas ilhas espera que sejam cumpridos do novo mandato que se inicia, na prática, na próxima semana, com a esperança que tanto Francisco César como Paulo Moniz consigam pôr sempre os AÇORES em PRIMEIRO LUGAR, pôr-se lado a lado na luta contra o Centralismo exacerbado e procurem alcançar resposta para velhos problemas e anseios desta Região Autónoma, tais como: aprofundar a DEFESA DA AUTONOMIA e o respeito pelos seus Órgãos eleitos, sem estranhas tutelas e confusas intromissões; a revisão da LEI DAS FINANÇAS REGIONAIS, o respeito integral “pela CONTINUIDADE TERRITORIAL relativamente às pessoas, às diversas circunstâncias e aos transportes; o respeito pela gestão partilhada do MAR e do ESPAÇO AÉREO, a clarificação e consolidação das ligações aéreas com as ilhas, a substituição urgente do ANEL DE FIBRA ÓPTICA INTER-ILHAS e do CABO ANEL CAM, a construção da famigerada CADEIA DE SÃO MIGUEL; reativar o principio da SOLIDARIEDADE NACIONAL EM RELAÇÃO AOS AÇORES nos momentos mais críticos resultantes de fenómenos naturais, fomentar um novo olhar e atenção para os SERVIÇOS DO ESTADO NA REGIÃO cujas instalações estão votadas ao abandono, promover o justo financiamento da Universidade dos Açores …
  3. Contaram-me há dias que alguns alunos da nossa Universidade terão ficado espantados com a observação de um professor na sala de aula, do estilo: “não me digam – ainda acreditam em Deus?”. Há pessoas sérias e até padres que leccionam na UA mas é preciso que o senhor bispo esteja atento a este fenómeno. Cada pessoa tem as suas opções políticas e religiosas e outras, mas julgo não ser a sala de aulas o lugar certo para estes dislates! O respeito está acima de tudo e é um sentimento elevado e sublime que ninguém tem o direito de intervir! Ninguém!
  4. A solidão! É das piores doenças deste nosso tempo que invade muitas famílias e lugares dos Açores. A solidão esmaga a natureza humana feita para socializar e viver acompanhada! E os programas dos governos, eleiçoeiros ou não, nunca respondem cabalmente a esta terrível situação. Se não for os filhos, a família e os amigos, o abandono chega à porta! A partir dos 75, pela ordem natural das coisas, o idoso começa a precisar de apoios porque já lhe faltam as forças e a doença não perdoa, apesar de se viver mais tempo e com mais qualidade de vida. Em Lisboa equipas do PROJETO RADAR SOCIAL batem à porta das pessoas com mais de 65 anos que vivam sozinhas ou com algum tipo de vulnerabilidade, uma iniciativa da Santa Casa de Lisboa em parceria com as Juntas de Freguesia, a Câmara e a PSP. Por todo o país, cerca de 300 mil pessoas com mais de 75 anos, vivem sozinhas de acordo com um texto de Raquel Albuquerque, publicado no Expresso e deste modo aumenta o risco de solidão. São desconhecidos os números referentes à nossa Região. Claro que cada realidade requer sempre “soluções” específicas .
    Mais cedo ou mais tarde, lá para os que chegam aos 80 e 90, é altura de receber apoio do Estado através de Instituições com competência para tal! O programa NOVOS IDOSOS iniciado pelo Governo açoriano foi já uma tentativa de resposta a este problema! É que não há melhor lar do que aquele, pequeno ou grande, onde o idoso ou idosa viveu a maior parte da sua vida! E os programas do Estado não podem ser talhados apenas para um determinado tipo de ancião. O ser humano é complexo e exigente até morrer, seja qual for a idade! E os mais velhos merecem-nos tudo. Não só nas eleições!
  5. Eleições. Amanhã é dia de votar para os deputados da Assembleia da República para os próximos 4 anos. Os açorianos escolhem os cinco deputados que nos vão representar no Parlamento nacional e defender os Açores, antigas ilhas adjacentes de Portugal. O governo que sair destas eleições vai ser determinante para o futuro dos cidadãos. Não se esqueça de VOTAR.

FRASE DA SEMANA: “Para os Açores, a perda de grande parte da operação da RYANAIR no Inverno é sintomático do problema de fundo da competitividade e uma explicação importante para a quebra do turismo nesta época baixa”.

Mário Fortuna  (entrevista ao Diário dos Açores, 
5 de Março de 2024)

ESPIGÃO, NORDESTINHO, mês de São José de 2024 
Eduardo de Medeiros
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