Apesar de não ter sede na Região, Fabiana Campolo, fundadora e Directora-geral da empresa FC Technology, diz que “tem muito gosto em contar com colaboradores dos Açores, que são muito trabalhadores e resilientes. Estamos abertos a trabalhar cada vez mais com pessoal qualificado na área da informática pela Universidade dos Açores ou que tenha formação na área certificada por outras universidades,” afirma.
Natural da ilha de São Miguel, mais concretamente da cidade da Lagoa, Fabiana Campolo, depois de ter trabalhado nos últimos cinco anos em boas empresas da área na capital portuguesa e no Porto decidiu avançar para a criação de uma empresa de consultadoria informática e tecnologia com sede no coração de Lisboa, mais concretamente junto ao Campo Pequeno.
A inauguração oficial da empresa, de sociedade familiar, teve lugar na passada Quinta-feira ao fim do dia, com vários colaboradores, alguns dos quais dos Açores, e várias personalidades ligadas à área tecnológica e do Direito, sectores fundamentais para uma empresa do género, que tem de recrutar recursos humanos em várias partes do país e do estrangeiro.
Segundo Fabiana Campolo, é fundamental “recorrer à contratação de estrangeiros porque em Portugal há falta de mão-de-obra altamente qualificada em engenharia informática, o que acontece também nos Açores”. Contudo, aos 28 anos, a jovem açoriana mantém-se optimista de que este é um mercado em crescendo, “desde que se respeite os direitos das pessoas que contratamos, principalmente porque se contrata muitos imigrantes que têm uma excelente formação superior”.
Colaboradores dos Açores
qualificados e resilientes
Apesar de não ter a sede nos Açores, a Directora-geral da FC Technology diz que “tem muito gosto em contar com colaboradores dos Açores, que são muito trabalhadores e resilientes. Estamos abertos a trabalhar cada vez mais com pessoal qualificado na área da informática pela Universidade dos Açores ou que tenha formação na área certificada por outras universidades”.
Pela frente há agora “todo um trabalho de captação de novos colaboradores para os clientes que trabalham connosco, quer seja dos Açores quer seja do território continental ou além-fronteiras”, uma vez que “somos uma empresa registada na União Europeia e como falo várias línguas, como o inglês, francês e italiano, pretendo também avançar para outros mercados”, diz Fabiana Campolo,
No entanto, a empresária reconhece que atrair talento para Portugal não se resume apenas a oferecer condições de trabalho atractivas. “A crise de arrendamento, com senhorios a exigirem, por exemplo, até 9 meses de renda antecipada a estrangeiros, torna-se um entrave significativo para a evolução tecnológica e a inovação no país. Esta questão não só afecta o sector privado, mas também o sector público, dificultando o desenvolvimento de projectos tecnológicos essenciais para o avanço da sociedade, bem como para o avanço da digitalização dos serviços em Portugal”.
Entende ser imperioso dar a quem vier para Portugal “informação prévia sobre o custo de vida no nosso país para evitar descontentamento dos profissionais que não têm uma percepção clara das despesas associadas à vida quotidiana, o que pode resultar em desafios financeiros inesperados. Apesar dos inúmeros artigos que procuram esclarecer a comunidade, há ainda uma lacuna na compreensão real dos custos envolvidos na mudança e na fixação em Portugal”.
Curiosamente, diz a jovem, “países da Europa Central têm vindo a atrair talento português, incluindo imigrantes que actuam em IT. Esta inversão de papéis levanta questões sobre o rumo que Portugal deseja seguir. Quem fica no país? Como podemos competir com outras nações europeias na atracção e retenção de talento?” Por isso, opina, “é fundamental “reconhecer que a componente humana e salarial é cada vez mais competitiva”. Ou seja, “ a imigração de profissionais de IT em Portugal é um fenómeno multifacetado que requer uma abordagem abrangente. A melhoria das condições laborais, a resolução dos problemas de arrendamento e o alinhamento com as tendências globais no sector são passos fundamentais para garantir que Portugal não apenas atrai, mas retém o talento necessário para impulsionar a inovação e o desenvolvimento tecnológico no país”.
Fusão entre inovação tecnológica
e arquitectura de soluções digitais
Neste momento, a empresa arrancou com uma equipa no escritório a tempo inteiro, desde a área financeira, recrutamento e recursos humanos, e conta com vários colaboradores externos.
“É mais do que uma empresa de tecnologia; é uma fusão entre a inovação tecnológica e a arquitectura de soluções digitais e humanas. Somos Especializados em promover negócios além-fronteiras, estamos comprometidos em oferecer serviços que superem as expectativas em qualidade, inovação e desempenho”, sublinha.
Os serviços que a FC Technology oferece, refere, “são ao nível Outsourcing de TI com o objectivo de proporcionar soluções flexíveis e eficazes para ampliar as capacidades tecnológicas dos clientes, permitindo-lhes focar no crescimento dos seus negócios, com equipas altamente qualificadas. Também fazemos recrutamento e selecção através de processos meticulosos e personalizados, conexão de empresas a profissionais qualificados que superam as expectativas, especialmente no sector de TI. Oferecemos ainda a criação de design de websites: Desenvolvimento de experiências online inesquecíveis, reflectindo a essência da marca de cada cliente, com integrações essenciais para o sucesso no ambiente digital. E promovemos ainda a integração de API´s para elevar a experiência dos websites dos clientes ao integrar APIs que proporcionam uma ampla gama de funcionalidades e dados”.
“Na FC Technology reconhecemos que o sucesso no mercado actual não é apenas sobre tecnologia de ponta, mas também sobre a habilidade de cultivar e gerir talentos excepcionais. Com uma equipa de profissionais qualificados e especializados, penso que estamos preparados para impulsionar a eficiência, a produtividade e o crescimento de cada empresa que escolhe trabalhar connosco”, concluiu Fabiana Campolo, que é licenciada em Estudos Europeus e Política Internacional pela Universidade dos Açores, com especialização em Ciência Política pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa e Relações Internacionais e Direitos Humanos pela Universidade de Pádua (Itália), em ERASMUS.
João Paz