O Grupo Parlamentar do PS recordou, esta Terça-feira, que o Governo Regional dos Açores (PSD/CDS/PPM) é o responsável pela manutenção em funcionamento das câmaras hiperbáricas da Região, salientando a sua responsabilidade pela “inoperacionalidade destes equipamentos nos hospitais da Horta e de Ponta Delgada”, recentemente noticiada.
Em requerimento ao Governo Regional, assinado por uma dezena de deputados, entre eles o Presidente do PS/Açores, Vasco Cordeiro, e o líder parlamentar do PS, João Castro, os socialistas alertam para os “perigos inerentes à inoperacionalidade destas duas câmaras hiperbáricas” para as actividades de mergulho e recordam que os Açores são “conhecidos internacionalmente pelas suas actividades relacionadas com a economia do mar”, nomeadamente o “mergulho turístico, de lazer e científico”.
Os deputados do PS consideraram as declarações da Secretária Regional da Saúde, Mónica Seidi, “confusas” e até “contraditórias”, considerando “inaceitável que os equipamentos fiquem inoperacionais até Junho”.
Mónica Seidi afirmou à RTP/Açores, no passado dia 5 de Março, que terá havido um primeiro contrato de manutenção dos equipamentos em 2023, que previa a possibilidade da deslocação de uma equipa técnica à Região para manutenção e certificação dos equipamentos em Janeiro deste ano, o que não terá acontecido, alegadamente, devido ao chumbo do orçamento regional do PSD/CDS/PPM.
A Secretária Regional afirmou também que, “para que estes problemas não voltem a repetir-se, o Governo Regional contratualizou com a empresa fornecedora, durante o período de 5 anos, as manutenções e certificações destes equipamentos”.
Face a estas afirmações, os deputados do PS querem saber “quando foi assinado esse contrato de cinco anos” e “quais são os termos desse contrato”, pretendendo também averiguar se esse contrato “substitui o anterior”. Os socialistas querem igualmente saber para quando está prevista a substituição da câmara hiperbárica do Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, uma vez que a própria Secretária Regional da Saúde reconhece que este equipamento “chegou ao fim da sua vida útil”.
“O Departamento de Oceanografia e Pescas (DOP) e o Instituto Okeanos, na cidade da Horta, têm inúmeras campanhas e operações de mergulho científico planeados para os próximos meses. A inoperacionalidade das câmaras hiperbáricas causa insegurança e transtorno às empresas marítimo-turísticas da Região. Os Açores não podem estar privados de medicina hiperbárica até junho”, são alguns argumentos utilizados pelos deputados do PS no requerimento, com o objectivo de alertar o Governo Regional dos Açores.