O Presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, mostrou-se ontem disponível para, após o novo Governo da República tomar posse, ser realizada uma cimeira entre os dois executivos, onde sejam abordados assuntos de interesse mútuo.
“Desejo que haja rapidamente um Governo do país em pleno funcionamento e estabilidade política e governativa, porque também os Açores reclamam essa responsabilidade”, vincou José Manuel Bolieiro. O governante falava após ser conhecida a indigitação de Luís Montenegro para Primeiro-ministro de Portugal.
“Espero que o Primeiro-ministro seja amigo de Portugal e, para ser amigo de Portugal, não pode dispensar a relação isenta e solidária com o desenvolvimento dos Açores. Portugal é menos sem os Açores”, prosseguiu.
De entre as pendências deixadas pelo ainda actual Governo da República com os Açores estão, por exemplo, transferência relativas à solidariedade nacional na sequência dos estragos provocados pelo furacão Lorenzo e a depressão Efrain, o atraso na construção dos cabos submarinos de fibra óptica e a questão das obrigações de serviço público (OSP) de transporte aéreo.
Também matérias referentes a sectores como a agricultura, cuja “compreensão nacional não pode excluir os Açores”, ou investimentos na delegação da RTP nos Açores foram lembrados por José Manuel Bolieiro.
O Presidente da República indigitou anteontem Luís Montenegro, líder da Aliança Democrática (PSD/CDS-PP/PPM) como Primeiro-Ministro de Portugal.
Montenegro deverá apresentar o seu Executivo ao Presidente da República no dia 28 de Março e tomará posse no dia 2 de Abril.