Os hoteleiros dos Açores estimam uma quebra, em média, a rondas os 10% nas dormidas durante a Páscoa, apurou o Correio dos Açores. A quebra será ainda maior no alojamento local, uma perspectiva que agrava a situação de diminuição do número de dormidas que ocorreu ao longo do Inverno.
Andreia Pavão, responsável pela Delegação da Associação de Hotelaria de Portugal, elucidou o Correio dos Açores que tem 70% dos associados a responder que estão abaixo do ano passado. A taxa de ocupação prevista para a Páscoa este ano está entre os 60 e os 70%. Estamos aqui a reportar uma quebra de ocupação, pelo menos, de dormidas. Isto é, no fundo, o culminar o que tem sido o Inverno. Havendo menos lugares oferecidos no mercado nacional, há uma quebra de dormidas que tem sido ao longo deste Inverno”, afirmou.
“O que acontece é que nós, no Inverno, a nossa quota de mercado nacional é mais alta do que o período de Verão, período em que nós temos mais ligações aéreas e mais mercado internacional. O que acontece é que neste Inverno, neste em particular, tivemos a Páscoa mais cedo, que ainda apanha o Inverno, temos uma quebra substancial com lugares oferecido, com a saída da Ryanair e menos voos”.
Andreia Pavão apontou o caso de um empresário da rent-a-car que diz que este “foi o pior Inverno nos últimos 10 anos, em termos de facturação.”
No inquérito da Associação da Hotelaria de Portugal, uma “ampla maioria” dos associados nos Açores espera que este período de Páscoa seja “pior” que a do ano passado. Mas, em relação ao Verão IATA, tende a manter-se idêntico ao do ano passado.
Segundo o mesmo inquérito, a região mais “optimista”, relativamente à taxa de ocupação, é a do Algarve (para 58% dos inquiridos a taxa de ocupação das férias da Pascoa de 2024 será melhor) seguida do Centro e do Alentejo. A região “mais pessimista” é a dos Açores.
O fim-de-semana da Páscoa regista uma taxa de reservas de 57% e um preço médio por quarto (de 141 euros, ambos valores on the books. Os hoteleiros antecipam uma taxa de ocupação de 75%.
Analisando as diferentes regiões, observa-se que a Grande Lisboa lidera com uma taxa de reservas de 65%, seguida de perto pelo Algarve com 63%, do Centro com 56%, e da Madeira e dos Açores com 54%. Por outro lado, a região Norte apresenta a taxa de reservas mais baixa, com apenas 43%.