Pedro Nascimento Cabral, enquanto cidadão, manifestou uma opinião na rede social Facebook, sobre uma situação que ocorreu com a TAP Air Portugal no aeroporto de Lisboa que registou com palavras duras. O ‘Correio dos Açores’ tentou ouvir a TAP sobre esta situação, mas sem sucesso. O texto de Pedro Nascimento Cabral que, além de cidadão, é Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada e dirigente do PSD/Açores, é do seguinte teor:
“Desaconselho vivamente os nossos concidadãos a viajarem na TAP na ligação de Lisboa para Ponta Delgada.
Com efeito, apesar de ter sido paga a passagem aérea, antes do reembolso do subsídio de mobilidade, portanto, a rondar os 400 euros, de se ter efectuado com sucesso o check-in, com o inerente despacho de bagagem para o porão, mesmo à entrada da porta de embarque, com o avião à vista e a dois passos de distância, podem ser impedidos de embarcar com destino a Ponta Delgada, com a desculpa de que houve uma ‘reocupação de lugares’ por alegados voos de ligação com base na nossa cidade. Isso mesmo aconteceu hoje (sexta-feira, 22 de Janeiro) a vários passageiros, sobretudo estudantes que regressavam a casa para as férias da Páscoa, no voo TP 1863 das 16h55, Lisboa-PDL, conforme tive a oportunidade de testemunhar de forma emocionada, triste e impotente”.
“Transmitiram-me mesmo que tal situação não é inédita e que a TAP tem deixado atrás algumas dezenas de passageiros com check-in feitos para Ponta Delgada, que ficam em Lisboa com a vida completamente virada do avesso e com compromissos profissionais e familiares perdidos. Para já não falar nos danos emocionais dos nossos jovens estudantes.
Este tratamento vergonhoso que a TAP está conferir aos voos para Ponta Delgada é inadmissível e dá bem nota de que somos considerados pela companhia aérea nacional como portugueses de segunda categoria, uma vez que nos desmarcam do voo confirmado e com o check-in feito em benefício de outros cidadãos europeus, no caso, segundo me pareceu, de um grupo de cidadãos neerlandeses com escala em Ponta Delgada para Amesterdão.
Pela minha parte, tenho a jura feita! Não viajarei mais na TAP em solidariedade para com os meus concidadãos, salientado os estudantes, que hoje ficaram para trás no aeroporto de Lisboa, de olhar triste e choroso, enquanto não for feito um pedido de desculpas público pela companhia aérea dita nacional.
Espero bem que o Governo Regional dos Açores tenha boa nota desta publicação e que José Manuel Bolieiro e Berta Cabral possam apresentar o seu protesto junto do “amigo” Luís Rodrigues, presidente da TAP.
Com a privatização da Azores Airlines em curso e sem a Ryanair nos Açores estamos mesmo bem entregues a um futuro muito incerto e nada auspicioso!”
Pedro Nascimento Cabral
(Publicação no Facebook e autorizada pelo autor a sua reprodução no ‘Correio dos Açores’)