Edit Template

Sector privado dos Açores não tem condições para adoptar semana de quatro dias

O Governo Regional dos Açores pretende implementar, segundo o seu programa, já este ano, um regime de trabalho de quatro dias na Administração Regional. Esta medida, no entanto, tem gerado debate e levantado preocupações, especialmente no sector privado.
A Câmara de Comércio e Indústria dos Açores não se opõe à realização de uma experiência piloto, mas tem algumas reservas em relação à sua aplicação prática. Francisco José Rosa, representante da Câmara, em declarações à Antena 1, enfatizou a importância de controlar a produtividade dos colaboradores durante este período experimental. Salientou que seria essencial avaliar se os funcionários conseguem manter os níveis de produção num período de tempo reduzido. A associação empresarial também alertou para os desafios que esta medida pode representar para o sector privado, especialmente para empresas ligadas ao turismo. Francisco Rosa destacou a dificuldade de manter a produtividade e a rentabilidade nessas indústrias, que já enfrentam escassez de mão-de-obra e operam em ambientes altamente sazonais. “Se reduzirmos o número de dias de trabalho por semana, a produtividade nesses dias teria que aumentar de alguma maneira e teríamos que compensar”, afirmou o Presidente da Câmara do Comércio e Indústria dos Açores, adiantando que várias empresas não podem fechar dois dias por semana devido à necessidade contínua de gerar receita.
Além disso, a Câmara do Comércio dos Açores alertou para o risco de a semana de trabalho de quatro dias se tornar uma armadilha para as empresas privadas. “Podemos estar a entrar num sistema tipo ratoeira em que vamos ficar todos reféns do problema que estamos a criar”, alertou Rosa.
Embora a Câmara de Comércio dos Açores não se oponha à ideia de uma semana de trabalho de quatro dias, realçou que a sua implementação no sector privado será desafiadora e poderá exigir diferentes abordagens, dependendo do tipo de negócio.

Edit Template
Notícias Recentes
Hospitais e Centros de Saúde dos Açores devem mais de 700 mil euros aos bombeiros pelo transporte não urgente de doentes
Nova carreira para os assistentes operacionais terá retroactivos, mas há processos que continuam por concluir
Universidade dos Açores acolhe a exposição “Frágil & Resiliente” até final de Maio
“Através do desporto, podemos promover turisticamente a Região e o Clube União Micaelense tem feito isso com excelência” afirma
Ex-Presidente do HDES defende-se e diz que “não fazia nem rasurava” as actas do conselho de administração do hospital
Notícia Anterior
Proxima Notícia
Copyright 2023 Correio dos Açores