Os deputados do Chega, José Pacheco e Olivéria Santos, estiveram ontem na Conservatória do Registo Civil, Predial e Comercial da Lagoa, onde se depararam com um serviço a trabalhar nos limites, restringindo-se apenas a diligências mais urgentes.
O problema já não é novo e prende-se com a gritante falta de recursos humanos – que tem até levado os serviços a encerrar por falta de pessoal – quando as competências têm aumentando nos últimos tempos. No entanto, o problema não se restringe apenas à Conservatória da Lagoa, dando o deputado José Pacheco também o exemplo da Conservatória da Povoação, que está actualmente encerrada porque a única funcionária ao serviço está de baixa médica.
“Esta é a forma como a República tem tratado os Açores: retira os meios e aumenta as responsabilidades – por exemplo, com o encerramento do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras – e neste momento as pessoas estão no limite das suas forças humanas e isso compreende-se”, referiu o parlamentar que já no ano passado, no Verão, visitou a mesma Conservatória que teve de encerrar devido às merecidas férias do único colaborador.
José Pacheco denunciou o abandono a que a República tem votado os Açores, não só ao nível das Conservatórias, mas também noutros serviços que dependem do Governo da República, indicando que se deve “retirar os esbanjamentos do Estado e começar a aplicar naquilo que serve mesmo as populações, seja nas Conservatórias, na saúde ou na educação”.
O parlamentar acredita que “talvez fosse boa ideia gastar menos dinheiro no Rendimento Social de Inserção e começar a investir nos serviços do Estado, que servem as populações. No caso da Lagoa, da Povoação, e de outros concelhos, estão a perder este serviço e nós não queremos. Somos pagadores de impostos e queremos ter o serviço em pleno a funcionar, não pode é ser à custa do esforço humano das pessoas que aqui trabalham”.