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Santa Clara deu passo de gigante

A sete jogos do final da 33.ª edição do campeonato de futebol da Segunda Liga, o Santa Clara soma 59 pontos, mais sete do que o Nacional da Madeira (3.º) e mais 10 do que o Marítimo da Madeira (4.º).
A vitória de sábado no campo do AVS (Aves – Vilafranquense – SAD), por 2-1, foi um passo de gigante para atingir os 66 pontos (Vizela em 20/21) ou os 68 (Casa Pia em 21/22), os mínimos que têm permitido ao segundo classificado subir à Primeira Liga, desde que o campeonato retomou às 18 equipas, na época de 18/19.
Na primeira subida do Santa Clara à Divisão superior, que a 30 de Maio próximo comemora 25 anos, o primeiro classificado (Gil Vicente) ascendeu com 68 pontos e o Belenenses, como segundo, somou 61. Naquela época 98/99 subiam os três primeiros. O Santa Clara foi para a Primeira Liga com 55 pontos.
Curioso que nas sete edições seguintes da Segunda Liga, sempre com 18 clubes em competição, a pontuação conquistada pelo segundo classificado foi sempre inferior aos 66 pontos. O FC Alverca subiu com 60 pontos (02/03); o Nacional (01/02) e a Naval da Figueira da Foz (04/05) subiram com 62 pontos; o Vitória de Setúbal (00/01 e 03/04) e o Desportivo das Aves (05/06), ascenderam com 64; o Beira-Mar (99/01) com 65 pontos.
Depois do período com 16 clubes, que passaram a 22 e a 24 entre 12/13 e 16/17, reduzindo para 20 em 17/18, quando o Santa Clara foi promovido pela segunda vez como segundo classificado, o campeonato regressou às 18 equipas em 18/19. E nas quatro edições que se completaram (devido à pandemia em 19/20 só se jogaram 24 jornadas), a pontuação para a ascensão do segundo posicionado subiu: Famalicão (18/19), 69 pontos; Vizela (20/21), 66; Casa Pia (21/22), 68 e Farense (22/23), 69 pontos.
Os dados apresentados revelam que o Santa Clara está próximo de voltar à Primeira Liga, mas tem de manter o estoicismo e a coesão dentro e fora do campo para atingir o objectivo. Não podem esquecer jogadores e adeptos que os adversários até 19 de Maio são complicados. Recorde-se que Paços de Ferreira, Tondela, Belenenses e União de Leiria, em casa, Marítimo, FC Porto B e Mafra, fora, não são nada acessíveis. A maioria porque tem como única aspiração a melhor classificação e os restantes clubes procuram evitar a descida e os jogos de passagem com o terceiro classificado da Liga 3.

Com cinco remates se ganha

Não há dúvida que a vitória sobre o AVS foi um passo de gigante porque alcançada no campo de um adversário directo. E venceu com cinco remates à baliza adversária, o número mais baixo nas 27 jornadas do campeonato. Assenta na estratégia que a equipa tem utilizado, com um perfil defensivo intenso e coeso, permitindo aos opositores terem mais posse de bola, por conseguinte mais ataques e mais remates, mas sem causarem perigo na maioria das ocasiões. Foi o que sucedeu com o AVS, que teve 62% de posse e 13 remates.
Nos jogos com menos remates o Santa Clara ganhou sempre: 6 com o Académico de Viseu (2-0); 7 com o FC Porto B (2-1), 8 com o Paços de Ferreira (2-0) e 9 com o Lank Vilaverdense (2-0).
Na partida da primeira volta, com o Santa Clara em desvantagem, acabando por ganhar por 2-1, a posse de bola do conjunto açoriano foi de 66% e os remates atingiram os 27 (o máximo da equipa até agora), contra os 7 do AVS.
Comparando com o jogo anterior do Santa Clara, na ilha de São Miguel, saindo derrotado, por 1-0, pelo Nacional, os papéis inverteram-se. O Santa Clara na semana antes rematou em 12 ocasiões e a equipa madeirense 5, sendo a posse de bola idêntica ao encontro de sábado: 62% para a turma micaelense e 38% para a forasteira.
Os dois golos do Santa Clara no difícil relvado do AVS, por causa da muita chuva, foram ambos de penálti, aos 33 e 60 minutos, convertidos por Bruno Almeida, que tem sido o especialista da marca dos 11 metros. O veterano Nené, aos 51m, empatou para o AVS, na sequência de um dos seis pontapés de canto que usufruiu (3 para o Santa Clara). Com 40 anos de idade, é obra! É o melhor marcador do campeonato com 22 golos!

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