Foi com “enorme surpresa e total desagrado” que, a Câmara Municipal da Lagoa constatou, ontem, que os Serviços do Registo Civil, Predial e Comercial da cidade se encontram encerrados, sem indícios de abertura. Uma situação vista com “muita apreensão” pela autarquia e que “prejudica gravemente os lagoenses, que vêm -se, agora, obrigados a deslocar-se a outro concelho para aquisição destes serviços”.
A Presidente da Câmara Municipal de Lagoa, Cristina Calisto, recorda que o concelho da Lagoa, a par do concelho da Ribeira Grande, são os concelhos onde a taxa de natalidade continua a ser a mais elevada do país, sendo a Lagoa o concelho com menor decréscimo em termos populacionais (menos 250 pessoas) de acordo com os Censos 2021. Igualmente relembra a dinâmica social e económica deste concelho que “viu o seu parque empresarial crescer e onde as novas empresas principalmente de base científica e tecnológica optaram por se fixarem. Dois fatores cruciais” que, em seu entender, “justificam a permanência deste gênero de serviços na Lagoa, bem como a garantia do seu funcionamento com recursos humanos suficientes para o atendimento ao público”, uma situação que já foi manifestada pela Câmara Municipal da Lagoa em 2023, através do envio de ofício à entidade competente. Mais uma vez, a Câmara Municipal da Lagoa, presidida por Cristina Calisto, voltou a “encetar esforços para resolver esta situação, enviando uma carta à nova Ministra da Justiça, Rita Júdice, que tutela esta pasta, apelando à sua cooperação e sensibilidade na manutenção deste serviço no concelho de Lagoa, inclusive disponibilizando-se para uma reunião presencial.”