A Aceleradora de Comércio Digital dos Açores tem como objectivo ajudar as micro, pequenas e médias empresas num mercado pouco explorado por este tipo de empresas. Tem como objectivo reduzir os custos, aumentar as vendas e dar às empresas uma maior notoriedade digital. E, segundo o Presidente da Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada, Mário Fortuna, as micro e pequenas empresas açorianas “estão um pouco atrasadas relativamente ao processo digital”.
Foi apresentada ontem, na Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada, a Aceleradora de Comércio Digital dos Açores. Esta Aceleradora é uma estrutura organizacional e tem como objectivo apoiar, continuamente as empresas na elaboração de diagnóstico de avaliação de maturidade digital, na elaboração de uma proposta de plano de transição digital, no acesso ao catálogo de serviços de transição digital e no acesso a programas de formação em competências digitais.
Para Mário Fortuna, presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada, “as micro e pequenas empresas estão um pouco atrasadas relativamente ao processo digital. É uma situação que é normal. São empresas que, por ventura, encontrarão menos beneficio ou menos previsibilidade de benefício na sua digitalização. O que estamos a fazer é uma iniciativa que permite acelerar esse processo.
O processo da digitalização que no fundo vai permitir que as empresas dêem o salto qualitativo neste sentido, “ disse à Antena 1 Açores.
“É feito um diagnóstico das empresas e é identificado o tipo de serviços que as empresas precisam mais. A partir daí as empresas podem recorrer a um menu de apoios que serão disponibilizados,” referiu ainda Mário Fortuna.
Projecto surge de uma
candidatura ao PRR
David Almeida reforça que “este projecto surge de uma candidatura ao PRR- Plano de Recuperação e Resiliência, por seis entidades: Câmara de Comércio a liderar e depois tem como parceiros a Câmara de Comércio e Indústria da Horta, Associação Comercial e Industrial da ilha do Pico e a Câmara de Comércio da ilha de São Jorge.
A candidatura contou ainda com a colaboração do AIP, Associação Industrial Portuguesa e da ACIF, Associação Comercial e Industrial da ilha do Funchal”, afirmou.
“A Aceleradora é uma estrutura territorial, que este momento está sediada aqui na Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada, dotada de recursos humanos e materiais, eu e o meu colega Bernardo Pombo, com o objectivo de avaliar a maturidade digital das empresas, propor um plano de transição digital com o objectivo de melhorar esse nível de maturidade”, explicou o gestor da Aceleradora de Comércio Digital dos Açores.
“Isto vai ser feito através de um incentivo, vouchers, que as empresas terão direito para, com a nossa mediação, aceder a um catálogo de serviços e com esse voucher arranjar alguns serviços que correspondam aos factores críticos de sucesso que forem identificados aquando do diagnóstico. No final o que se pretende é que seja feito um ultima diagnóstico e que haja uma melhoria do nível de maturidade das empresas beneficiárias”, afirmou David Almeida.
“Este projecto é direccionado para micro, pequenas e médias empresas mas existem algumas actividades que são elegíveis. São elas o comércio, restauração e similares, agências de viagens, actividades de reparação de bens de uso pessoal, outras actividades de serviços (cabeleireiros, saúde e bem-estar, estética) e atendendo à nossa realidade, fizemos um pedido junto da Direcção Regional das Actividades Económicas para poder incluir neste projecto, e que finalmente foi aceite, as actividades de alojamento local, de turismo no espaço rural, de animação turística e as rent-a-cars. São estas as actividades que são elegíveis para esta Aceleradora”, concluiu David Almeida, gestor da Aceleradora de Comércio Digital dos Açores.
Nesta apresentação esteve também presente Fernanda Ferreira Dias, Directora da Direcção Regional das Actividades Económicas.
Frederico Figueiredo