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Fecho Mensal

Na semana passada vimos a importância de fazermos um orçamento como forma de controlar os nossos custos. Hoje, vamos falar da necessidade de, no final de todos os meses, fecharmos as nossas contas através daquilo que eu chamo de fecho mensal. Vou também dar-te o passo-a-passo que deves seguir para teres um fecho bem feito.
Se tiveste todo o trabalho de registar os custos diariamente e, no final do mês, não analisas estes dados, então foi tempo perdido. A não ser que tenha servido para ganhares consciência dos teus custos e disciplina necessária para o respetivo registo, porque sim, dá trabalho.
O fecho mensal é o momento de parar, olhar para trás, e refletir sobre o caminho percorrido durante o mês, permitindo-te tomar as medidas necessárias para o futuro. Este fecho tanto pode ser feito em suporte físico, numa folha de papel em branco, como através de um excel ou uma das muitas aplicações de controlo de gastos existentes. Podes até usar o modelo Kakebo já explicado em crónica anterior. Não há desculpas!
Segue-se o passo-a-passo para a realização do fecho mensal, passando por todos os pontos essenciais:

  1. Data
    Começa por identificar claramente o mês e o ano a que se refere o fecho. Esta simples ação contextualiza a tua análise e ajuda a manter um arquivo organizado dos teus fechos mensais.
  2. Receitas
    Aqui, descreves cada fonte de receita, acompanhada do valor correspondente. Esta, normalmente, é a parte mais fácil, já que não costumam ser muitas as nossas fontes de receita e, por isso, costumamos sabê-las de cor. Para além do teu vencimento (no caso de seres trabalhador por conta de outrem) podes ter rendas, de alguma casa que és proprietário, dividendos, de ações que sejas titular, ou extras, que embora não sejam recorrentes, tens também de tomar nota, como por exemplo, subsídio de Natal ou de férias, valor de IRS recebido, ofertas monetárias, bónus, etc. Mas só coloques aquilo que efetivamente se refira ao mês em análise.
  3. Gastos Totais
    Por esta altura, já deves ter todas as tuas despesas do mês registadas. No entanto, verifica cada rúbrica para ver se nada ficou esquecido. Soma cada categoria de custos para saberes o seu total. Somando todas estas categorias, irás obter o total geral dos teus gastos do mês.
  4. Orçamento
    Depois de obtido o total dos teus custos, está na hora de comparares com o orçamento que estabeleceste no início do mês. Este é o momento de ires mais a fundo e de perceberes que rúbrica ou gasto específico, fez-te fugir do orçamento, se tiver sido o caso. Se ficaste abaixo dele, parabéns, pois acabas de fazer um encaixe financeiro extra.
  5. Resultado
    Subtrai ao total das receitas o total dos gastos para descobrires o valor poupado (ou não) no mês. Este resultado é crucial para entender o desempenho financeiro do mês e perceberes se “andaste para trás” porque gastaste mais do que o que ganhastes, ou se o saldo foi positivo e estás mais rico do que o que estavas no mês anterior (que é o que se pretende).
  6. Resultado de Tesouraria
    Cabe agora confrontares os teus registos com a realidade. Pois, embora, teoricamente, estes dois valores devam ser iguais, há sempre algo que nos escapa ou valores que não são descontados ou recebidos no próprio mês. Basta pensares que, se trabalhares no privado, normalmente, só recebes o ordenado daquele mês nos primeiros dias do mês seguinte. Para esta análise, basta veres quanto dinheiro tinhas nas tuas contas no último dia do mês anterior e com quanto dinheiro acabaste o mês em análise. Fazendo a novamente a diferença destes dois valores, o resultado será positivo ou negativo. Faz este exercício para todas as tuas contas, sejam correntes ou poupança, plataformas de investimentos, etc. Não te esqueças também de ver o valor em numerário que guardas na carteira (também conta!). Se a diferença entre o resultado “normal” e o de tesouraria for muito grande, convém identificares a situação/erro para saberes com o que é que contas.
  7. Reflexão
    Esta etapa é para a reflexão e aprendizagem. analisa se os objetivos estabelecidos foram alcançados e quais foram as falhas ou sucessos. Este momento de introspeção é fundamental para ajustar estratégias e estabelecer metas mais realistas ou ambiciosas para o futuro.

Para finalizar deixo um último reparo. Deves fazer este fecho logo nos primeiros dias do mês seguinte, para que possas tomar medidas úteis no imediato! Nada de acumular meses por fechar!

Por: Emanuel Teves
Coach de Finanças Pessoais
emanuel.teves.coach@gmail.com

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