Na Rua São Francisco, n.º 48, na Ribeira Grande, surge o Homyne Salon, uma barbearia que cuida da imagem masculina, numa das mais movimentadas artérias do Concelho.
O salão de cabeleireiro masculino dos tempos modernos é gerido pelo barbeiro Paulo Henrique de 32 anos de idade. Aberto há quase 7 anos, uma vez que o espaço foi inaugurado a 1 de Maio de 2017, “o negócio tem corrido bem. Foi importante começar devagar e, gradualmente, crescer até atingir a estabilidade”, sendo este o caminho do sucesso.
Homyne Salon já chegou a ter colaboradores, mas hoje em dia Paulo Henrique vai dando conta do recado.
Paulo Henrique é natural da ilha do Faial, da cidade da Horta, e a mudança para São Miguel aconteceu há nove anos atrás. “Estudei como toda a gente, até que descobri esta profissão e daí para cá nunca mais parei”.
Na sua modesta opinião, “o negócio tem vindo a crescer, até porque os homens estão a ter cada vez mais cuidados com a aparência”.
“A imagem é cada vez mais importante”
Os homens estão cada vez mais conscientes da importância de cuidar da aparência e do bem-estar. Assim como as senhoras, eles também buscam serviços de barbearia, corte de cabelo e outros tipos de cuidados para se sentirem confiantes. “As senhoras, provavelmente têm sempre um cuidado diferente, mas muitos homens também já começam a ter outro tipo de cuidados. A imagem é cada vez mais importante, também a imagem nas redes sociais implica um maior cuidado e toda gente quer estar exposta da melhor maneira possível. Pode-se dizer, que os homens estão como as senhoras e também cuidam muito bem de si”, destacou.
Desafiado a revelar qual o corte de cabelo que está mais na moda, Paulo Henrique refere, que “depende muito da faixa etária e de todos os cargos, que as profissões acarretam”. No entanto, arrisca “no corte mais curto nas laterais ou em parte até raspado”.
De referir, que o corte de cabelo raspado nas laterais, também conhecido como sidecut, é uma tendência ousada e versátil.
“Os homens são muito mais destemidos”
Mais disse, que no corte de cabelo, “os homens são muito mais destemidos, muito por culpa das modas dos seus ídolos, quer sejam músicos ou futebolistas”.
Paulo Henrique é também um barbeiro da moda e não raras vezes corta o cabelo a jogadores de clubes de futebol do concelho, nomeadamente do Sporting Ideal e do Benfica Águia. Ele próprio, no início da temporada, chegou a jogar futebol no Benfica Águia, mas acabou por desistir, por motivos pessoais e profissionais.
Sempre que pode regressa ao Faial, para visitar os pais e a família. Sobre a cidade da Ribeira Grande, considera ter mais semelhanças com a cidade da Horta, do que propriamente Ponta Delgada. “Mais perto do mar, a Ribeira Grande faz-me sentir muito em casa e como moro perto da praia, sinto-me bem, embora a Avenida Marginal da Horta, tenha muitas semelhanças com a Avenida Marginal de Ponta Delgada”.
De início, quando iniciou a actividade na Ribeira Grande, nunca sentiu desconfiança por parte da população e foi muito bem aceite. “Abrirmos a porta, ninguém nos conhecia, fomos adquirindo clientes ao longo dos anos e a tal história acontece, quando se diz, que a publicidade boca a boca é a estratégia que funciona muito bem”.
Curso de Barbeiro na Magic Academy,
em Lisboa
Para além de barbeiro, Paulo Henrique é ainda DJ. No entanto, quando chegou a São Miguel e durante algum tempo, disse que “andou de malas às costas” e andou a fazer muitas coisas, “concretamente na área da restauração”, sentindo sempre, que “o que andava a fazer não era a sua vocação”, procurando outras opções.
Tirou o Curso de Barbeiro na Magic Academy, em Lisboa, onde teve a oportunidade de aprender e aprimorar habilidades. Concluído o curso, regressou a São Miguel, sempre com a vontade de poder evoluir mais, acabando por tirar outros cursos na Holanda e em Inglaterra. “A actualização e, busca de conhecimento são sempre importantes para o nosso desenvolvimento pessoal e profissional”.
Mais disse, que “há sempre espaço para mais cabeleireiras e barbeiros, em todos os locais da ilha. Aqui não há guerras entre cabeleireiras e barbeiros, todos são importantes nas suas áreas. As cabeleireiras são excelentes no trabalho delas e nós somos especialistas no corte em homens. Estamos todos a lutar pelo mesmo, ou seja, pela evolução da profissão. Concluindo, para bons profissionais há sempre mais espaço para mais”.
Mais ainda, “a parte boa da barbearia”, que é aquilo que Paulo Henrique gosta “é a relação com as pessoas. O corte de cabelo ou da barba é importante, mas manter a boa relação com o cliente é notável e criar laços de amizades, de igual forma”.
De referir ainda, que Homyne Salon está aberto, de Segunda-feira a Sexta-feira, das 10h00 às 12h00 e das 14h00 às 20h00. Aos Sábados, das 10h00 às 14h00, mas encerra aos Domingos e feriados.
Marco Sousa